De 2001 para 2002: Benfica no vermelho

31 dez 2001, 17:18

Cinco acontecimentos nacionais

Em Fevereiro, o primeiro lugar estava ali, ao alcance de uma simples vitória. Talvez de uma vitória muito especial. Mas, na Luz, o Boavista, desfigurado por cuidados defensivos, não perdeu. Seria o Benfica a perder, mais tarde, até terminar o campeonato em sexto lugar, na pior posição de sempre. Mais grave: pela primeira vez desde que há, pelo menos, duas competições continentais, não participaria nas provas europeias. 

Com dez derrotas, o Benfica igualava o recorde negativo de 96/97, mas «superava-se» na diferença entre golos marcados e sofridos, que lhe garantia o pior registo de sempre, apenas com dez positivos. Em 2001, a defesa dos «encarnados» distinguiu-se como a segunda pior da história do clube da Luz, com 44 golos sofridos, menos três do que a triste marca de 1947. Para agravar, acumulou doze cartões vermelhos, quantidade que jamais havia visto num campeonato só. 

Heynckes, Mourinho e Toni. Sucederam-se assim. O alemão começou, mas mal. Saiu depois de disputado o quarto jogo. Substituiu-o José Mourinho, que, após algumas dificuldades, acabaria por impressionar. Mas não muito, porque à 14ª jornada já lhe abriam a porta de saída, logo a seguir a uma vitória sobre o Sporting! Toni, por fim, para orquestrar um final de trajectória oscilante, feita de extremos, com um ciclo de seis vitórias consecutivas a distinguir-se como o melhor e duas séries de cinco jogos sem ganhar como o pior. 

Van Hooijdonk, a estrela, marcou, debalde, 19 golos, número a que só os 24 remates certeiros de Nuno Gomes podem equiparar-se num balanço restrito ao espaço temporal de uma década. De cabeça ou de livre, o holandês revelou-se um verdadeiro especialista, que só encontra paralelo no «fenómeno» Jardel.

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