De 2001 para 2002: a prisão de Vale

31 dez 2001, 17:17

Cinco acontecimentos nacionais

A «bomba» deflagrou a 15 de Fevereiro, pela boca de Pina Moura. Na Assembleia da República, o ministro das Finanças revelou que havia indícios de que existiriam irregularidades na gestão de Vale e Azevedo, o que justificou a indignação do ex-presidente do Benfica. 

No dia seguinte, Vale foi detido pela Polícia Judiciária, que realizou uma busca ao seu escritório de advogados. Muitas horas mais tarde, durante a madrugada, uma juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa determinou a prisão domiciliária do ex-dirigente na sua residência de Almoçageme. 

Mas as investigações começaram ainda em 2000, a 14 de Novembro, e indiciavam que Vale e Azevedo se teria apropriado de uma verba de 193 mil contos, relativa à transferência do guarda-redes Ovchinnikov para o Alverca. Montante que alegadamente teria sido utilizado na compra de um iate de luxo. 

A 23 de Março, a juíza Margarida Gaspar mantinha a prisão domiciliária de Vale e Azevedo por mais três meses, depois de ter recebido novas provas da Polícia Judiciária sobre alegados crimes de abuso de confiança e branqueamento de capitais. 

Um outro processo-crime levou Vale e Azevedo ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, onde foi ouvido a 28 de Junho. O ex-presidente do Benfica era acusado da alienação de terrenos do clube e da simulação de compra e venda de uma herdade no Seixal, onde iria ser construído o centro de estágio dos «encarnados». Com esta simulação Vale e Azevedo ter-se-á apropriado de um milhão de contos. Mais tarde, seguir-se-ia a prisão preventiva no estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária de Lisboa, de onde quis penhorar os bens do Benfica e onde aguardará para responder perante a justiça por acusação de 14 crimes de peculato e um de branqueamento de capitais.

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