Relatório e Contas aprovado neste sábado Na segunda assembleia geral da semana, este sábado, os sócios aprovaram o Relatório e Contas. Mas o passivo continua a impressionar.
As contas do Benfica relativas à gestão do clube na época 2000/2001, sob a direcção de Manuel Vilarinho, foram neste sábado aprovadas por quase unanimidade- houve apenas duas abstenções- pelos sócios do Benfica. Numa assembleia ordinária marcada pela carta enviada por Vale e Azevedo, os sócios reafirmaram a confiança na actual direcção «encarnada» e aprovaram por unanimidade o parecer do Conselho Fiscal.
O documento apresentado aos sócios revela um agravamento considerável ao nível do capital próprio do clube que passa de cerca de 392 mil contos negativos para qualquer coisa como 5,9 milhões de contos negativos, situação que é justificada por Manuel Vilarinho em função do «conjunto de correcções que tiveram de ser efectuadas» e referentes a exercícios anteriores.
Ainda no seguimento da explicação, Manuel Vilarinho esclareceu o caso EUROÁREA, falando de um «contrato ruinoso», baseado na «dupla venda de terrenos». Assim, segundo o relatório, a empresa é titular de uma garantia hipotecária de 11 milhões de contos, dos quais o Benfica recebeu apenas 1,950 milhões de contos. A dissolução do compromisso implica agora que o clube devolva 3,5 milhões de contos à empresa.
O documento hoje apresentado fala ainda de um activo bruto de 1.160.749.22 escudos. Quanto ao passivo, Manuel Vilarinho fez questão de sublinhar que o total de 17.343 milhões de contos apresentado no documento não corresponde inteiramente à realidade, na medida em que não inclui algumas das entradas de capital previstas.
Já no que diz respeito ao passivo exigível do Benfica, as contas falam de uma descida de 8,240 milhões para 7,495 milhões de contos, bem como de uma melhoria, rondando os 2 milhões de contos, no referente a dívidas a terceiros.
A direcção refere-se ainda às dívidas para com o Estado, afirmando que «todas as situações estão em dia» relativamente à Segurança Social e à administração fiscal, com um sistema de prestações montado para fazer face às divídas.
