Mundial 2002: jogadores da Irlanda não querem o regresso de Keane

28 mai 2002, 16:05

Pedido de desculpas ficou pelo caminho A falta de um pedido de desculpas ao seleccionador levou os restantes jogadores a recusarem o retorno do jogador.

A novela de Roy Keane com a República da Irlanda parece não acabar. Esta terça-feira, os 22 jogadores que ficaram no Japão, declararam, em comunicado, que não pretendem o regresso do ex-capitão, depois de ter sido afastado por ter dirigido insultos ao seleccionador Mick McCarthy.

«Infelizmente, o comportamento do Roy antes da partida de Saipan e os comentários que lhe foram atribuídos depois, não deixaram qualquer dúvida no espírito dos jogadores e da equipa técnica de que os interesses da equipa sairão beneficiados pela sua ausência», pode ler-se.

Pela voz de Niall Quinn, os jogadores comunicaram o seu desejo e manifestaram total apoio ao seleccionador. Quinn admitiu ter tentado fazer o papel de mediador entre Keane e McCarthy, mas o facto de os jogadores terem sido «levados» a acreditar que o jogador ia pedir desculpa numa entrevista televisiva acabou por precipitar a «nega».

Tudo começou na semana passada, quando Keane se queixou nos treinos e discutiu com McCarthy. O jogador do Manchester United pediu para ir para casa antes de terminada a data para inscrição de jogadores, mas acabou por ser inscrito antes de terminado o prazo.

No entanto, depois de mais uma discussão, Keane acabou por ser expulso da selecção e voltou a Inglaterra. Já na Europa, terá reconsiderado e mostrou-se disposto a voltar atrás (ou para o Japão...). McCarthy ainda admitiu que houvesse uma hipótese da sua integração, mas isso dependeria de um pedido de desculpas que ainda não teve lugar. O resto do plantel terá decidido facilitar a tarefa ao treinador e mostrou-se contra a sua volta ao Mundial. A novela poderá ainda ter novos capítulos. Bastaria ter pedido desculpas.

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