A vitória nos pés de Seba Seba acabou por ser o herói de um jogo em que o futebol não foi especialmente bom. O espanhol esteve para deixar o futebol, mas continua a provar que seria uma grande perda se pendurasse as chuteiras.
O espanhol Seba, que, em boa hora, regressou aos relvados após um problema cardíaco, conseguiu um golo que ditou a vitória da sua equipa e garantiu três preciosos pontos, que mantêm o Belenenses na sexta posição da I Liga. Este jogador esteve em bom plano em toda a partida, sendo sempre um problema para a defensiva do Marítimo.
Verona, na primeira parte, e Neca, durante toda a partida, foram duas setas apontadas à baliza de Nélson e deram muito que fazer aos locais. Verona conseguiu contribuir para este triunfo, obtendo o primeiro golo. Enquanto esteve em campo (foi substituído aos 76 minutos), deu algum perfume ao futebol do Restelo. Neca, que jogou a titular, pelo recuo para defesa central de Cleber, mereceu e agarrou esta oportunidade de Marinho Peres. Esteve sempre irrequieto, sendo uma canseira constante para a defensiva do Marítimo.
Mariano e Joel foram talvez os mais inconformados da sua equipa, lutando até à exaustão. O esquerdino conseguiu mesmo um golo de belo efeito de cabeça (a passe de Iliev) e viu o seu esforço premiado. Joel foi o avançado mais complicado de travar pela defensiva do Belenenses e dos seus pés saíram os melhores lances técnicos.
O árbitro do encontro, o setubalense João Ferreira, foi muito contestado pelo público local, mas esteve quase sempre bem. Em termos disciplinares, expulsou Musa por indicação do quarto árbitro e parece ter acertado. Terá perdoado um cartão amarelo a Filgueira, aos 56 minutos, quando este agarrou Ronaldo.
No capítulo técnico, apesar de um ou outro deslize, quer seu, quer dos seus auxiliares, João Ferreira acabou por estar num plano aceitável.
