Leões estiveram por duas vezes em vantagem, mas águias estão na luta
O Benfica venceu o Sporting no segundo jogo do play-off final do campeonato, agora no Pavilhão Fidelidade, por 3-2 e, desta forma, empatou a eliminatória que vai decidir o novo campeão (1-1). Os leões estiveram por duas vezes na frente do marcador, mas as águias acabaram por vencer e, desta forma, continuam na luta pelo título. O terceiro jogo é já no sábado, de volta ao João Rocha.
Mais um dérbi frenético, mas desta vez com um Benfica mais equilibrado, tanto a defender como a atacar. Com o pavilhão a abarrotar, com um grande ambiente, o jogo começou intenso, com oportunidades nas duas balizas logo a abrir. Não foi preciso esperar muito pelo primeiro golo, marcado no segundo minuto.
Guitta, sem marcação, saiu a jogar pelo corredor central, mas foi desarmado em falta. Na sequência do livre, ainda longe da baliza de Léo Gugiel, Merlim rematou forte e abriu o marcador. O campeão saía na frente, mas por pouco tempo, uma vez que a equipa da casa empatou menos de um minuto depois. Transição rápida do Benfica, Chiskala destaca-se pressionado por Erick Mendonça, Guitta volta a sair da baliza, mas a bola ressalta para Bruno Coelho que atirou a contar.
Ainda não tínhamos chegado ao terceiro minuto e já tínhamos um golo para cada lado. O dérbi seguiu intenso, muito disputado, com novas oportunidades nas duas balizas, mas foi o Sporting que voltou a marcar, a 16 segundos do intervalo, numa transição rápida. Passe em profundidade de Erick Mendonça, com Pauleta a destacar-se e a esticar a perna para bater Léo Gugiel. Um golo que permitia aos leões irem para o intervalo em vantagem.
Benfica entra com tudo e acaba com cãimbras
A segunda parte foi ainda mais intensa, com o cronómetro sempre a correr, com poucas paragens e com um Benfica bem mais forte em comparação com a primeira parte. A equipa de Mário Silva entrou com tudo e, logo aos 2 minutos, chegou ao empate, na sequência de um canto de Afonso Jesus, com Chiskala a rematar de primeira, sem deixar cair. Um grande golo que batia certo com a superioridade que o Benfica evidenciava nesta altura.
O Sporting estava menos intenso e perdia a bola com facilidade, face à maior pressão dos encarnados que, a dez minutos do final, passaram, pela primeira vez, na soma dos dois jogos, para a frente do marcador. Um golo a meias entre o guarda-redes Léo Gugiel, que rematou do meio da rua, e de Jacaré que ainda tocou na bola, junto ao poste, antes desta entrar.
Um golo que deixou o pavilhão em euforia, mas ainda faltavam dez minutos, o que no futsal pode ser uma eternidade. A verdade é que o Benfica teve de sofrer para segurar a curta vantagem, com muitos jogadores a acusarem cãimbras na ponta final: primeiro foi Diego Nunes, depois Silvestre e ainda Chiskala tiveram de ser assistidos.
Além dos problemas físicos, o Benfica também chegou num ápice às cinco faltas e teve de conter-se, nos instantes finais, na abordam ao jogo. O Sporting ainda arriscou nos últimos dois minutos, a jogar sem guarda-redes, de cinco para quatro, mas a melhor oportunidade foi do Benfica, com Afonso Jesus a atirar de longe para a baliza deserta: as bancadas levantaram-se, sustiveram a respiração, mas a bola passou ao lado.
Logo a seguir acabou o jogo, com grande festa nas bancadas. Uma vitória que significa um empate no play-off e que recupera o Benfica para a luta pelo título.
A bola volta a rolar já no próximo sábado e uma das equipas vai, certamente, ficar em vantagem.
