Vaticano excomunga padre que colocou feto abortado no altar e divulgou vídeo online

19 dez 2022, 12:51
Frank Pavone (Getty Images)

Embaixador do Vaticano nos Estados Unidos considerou que Frank Pavone "não tinha justificação razoável para as suas ações”

O Vaticano excomungou o padre norte-americano antiaborto Frank Pavone depois de este ter colocado um feto abortado no altar, em 2016, e divulgado o vídeo online, avança a Association Press

Segundo a agência, o Vaticano acusou o padre de "comunicações blasfémicas nas redes sociais" e de "desobediência persistente" do seu bispo.

O embaixador do Vaticano nos Estados Unidos, arcebispo Christophe Pierre, enviou uma carta aos bispos norte-americanos na qual garante que a decisão sobre Pavone é definitiva, sem direito a qualquer tipo de recurso.

“Foi determinado que o padre Pavone não tinha justificação razoável para as suas ações”, lê-se na carta.

Frank Pavone, que lidera o grupo Padres pela Vida, foi investigado pela diocese de Amarillo, no estado do Texas, após ter colocado um feto abortado num altar, em 2016, e divulgado o vídeo do momento nas redes sociais.

A publicação vinha acompanhada de um texto em que o padre defendia que a antiga candidata presidencial Hillary Clinton e o partido Democrata iriam fazer com que o aborto nos Estados Unidos continuasse e que Donald Trump, assim como o Partido Republicano, queriam proteger as crianças que ainda não tinham nascido.

Foi também nas redes sociais que Pravone respondeu à polémica, comparando o seu destino ao das crianças que ainda não nasceram. “Portanto, em todas as profissões, inclusive no sacerdócio, se defender os que ainda não nasceram será tratado como eles! A única diferença é que quando somos ‘abortados’ continuamos a falar alto e claro", pode ler-se.

Perante o afastamento de Pravone da igreja, muitos foram os defensores do padre a saírem em sua defesa, afirmando que o aborto é um ato "maléfico", como foi o caso do bispo de Tyler, no Texas, Joseph Strickland, que acusou Joe Biden de ser um "presidente perverso". “A blasfémia é que este santo padre é cancelado enquanto um presidente perverso promove a negação da verdade e o assassínio de não-nascidos a todo momento, funcionários do Vaticano promovem imoralidade e negação do depósito da fé e padres promovem confusão de género devastando vidas… maléfico”, referiu.

E.U.A.

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