Quase 67 milhões de euros foram distribuídos pelas federações desportivas portuguesas no último ano
As apostas desportivas renderam quase 67 milhões de euros aos cofres das federações desportivas portuguesas no último ano. São mais seis milhões face a 2022.
Entre verbas distribuídas às organizações desportivas, da Santa Casa da Misericórdia e do Turismo, o Governo deu conta da distribuição de 66,9 milhões de euros, praticamente o dobro do valor atribuído anualmente pelo Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) a todas as federações.
As apostas na Internet permitiram a distribuição de um valor recorde de 50,4 milhões de euros, muito acima dos 16,5 milhões amealhados pelo Placard, que registou uma ligeira quebra comparativamente com os 17,4 milhões de 2022.
As federações desportivas recebem uma parte do imposto especial do jogo online (37,5 por cento).
Este sistema de apostas criado pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa nunca superou as receitas do jogo online, mas aproximou-se em 2019, quando promoveu receitas de 22,2 milhões de euros, menos três para a concorrência online.
Por cada euro investido no Placard as entidades desportivas recebem 3,5 por cento das deduções legais, ou seja 0,035 euros.
Sem surpresa, a Federação Portuguesa de Futebol continua a ser o organismo que mais lucra com as apostas desportivas, num total de 37,9 milhões de euros em 2023. Segue-se a Liga, que arrecadou um total de 76,2 milhões de euros desde 2015.
As outras modalidades coletivas conseguiram montantes mais modestos em 2023, casos do ténis (9,1 milhões), basquetebol (5,2 milhões), voleibol (500 mil euros), andebol (417 mil euros), badminton (96 mil euros) e bilhar (51 mil euros). Por sua vez, o hóquei em patins tem como beneficiária a Federação de Patinagem (50 mil euros).
O Comité Olímpico de Portugal arrecadou um total de 3491 euros. No fundo desta lista está a Federação de Surf, que arrecadou um euro.
