Liga das Nações: Espanha acaba com série incrível da Itália e está na final

6 out 2021, 22:06
Itália-Espanha

Campeões da Europa não perdiam há 37 jogos, desde outubro de 2018

Contra tudo e contra todos, Luis Enrique apostou numa renovação da seleção espanhola que lhe permitiu recuperar uma nova versão do tiki-taka que, esta quarta-feira, desbaratou por completo a Itália campeã da Europa, na primeira meia-final da Liga das Nações, em San Siro, com uma vitória por 2-1.

Uma vitória categórica de La Roja, com dois golos de Ferran Torres, sobre a squadra azzurra que coloca um ponto final numa série impressionante de 37 jogos sem derrotas que já durava desde outubro de 2018, quando a Itália foi afastada por Portugal, precisamente na primeira edição desta competição da UEFA.

Veja aqui os golos deste jogo

Apesar das limitações, impostas pelas ausências de jogadores como Pedri, Dani Olmo ou Morata, Luis Enrique montou uma seleção muito jovem que contou, inclusivamente, com o criativo Gavi, médio do Barcelona que passa a destacar-se como o jogador mais jovem a vestir a camisola da seleção principal espanhola. Além de Gavi, Luis Enrique apostou num ataque muito móvel, com o sportinguista Pablo Sarabia e Mikel Oyarzabal a juntarem-se a Ferran Torres.

Um ataque que começou a fazer estragos desde o primeiro minuto, com a Espanha a deslizar em velocidade e com uma grande mobilidade que provocava danos sérios na defesa dos campeões da Europa. O primeiro golo, aos 17 minutos, foi, assim, em velocidade, com Oyarzabal a descer pelo flanco esquerdo e a cruzar para a finalização do jovem avançado do Manchester City na passada. Muito simples e eficaz.

A Itália não tinha soluções para travar a velocidade de La Roja e, logo após o golo, Donnarumma viu-se ao papéis para segurar um remate de Alonso, com a bola a ir ao poste antes de Bonucci  cortar definitivamente o lance. Por falar em Bonucci, o central da Juventus, que já tinha visto um cartão amarelo, por protestos, viu um segundo amarelo e acabou expulso ainda antes do intervalo, deixando a equipa de Mancini ainda em maior aperto.

A jogar contra dez, a Espanha teve ainda mais espaço para jogar em velocidade e ao primeiro toque e foi assim que acabou por chegar ao segundo golo, novamente com assistência de Oyarzabal e finalização de Ferran Torres. Um lance todo desenhado ao primeiro toque a deixar a defesa azul completamente fora do lance.

Mancini procurou depois reorganizar a sua equipa no segundo tempo, com a entrada de Chiellini, com a Itália a jogar numa linha com três centrais, mas foi a Espanha que continuou a mandar no jogo e a criar sucessivas oportunidades de golo, com Alonso também em destaque sobre o flanco. A Espanha não chegou ao terceiro e a Itália acabou por ganhar uma nova vida, aos 83 minutos, na primeira oportunidade clara que teve na partida: transição rápida conduzida por Chiesa que, na ponta final, perante a saída de Unai Simon, acabou por oferecer o golo a Pellegrini.

A Itália voltava a acreditar, mas logo a seguir a Espanha esteve muito perto de sentenciar a eliminatória, num lance desenhado por Sergi Roberto. Não houve mais golos e é a Espanha que reserva um lugar na final do próximo domingo, à espera do vencedor da segunda eliminatória que, esta quinta-feira, vai opor a Bélgica à França.

Mas para a história fica o ponto final à impressionante série da Itália que, além de não perder um jogo oficial desde 2018 (37 jogos), também não perdia um jogo oficial em casa há 21 anos, desde que a Dinamarca venceu, em Nápoles, por 3-2, em jogo da fase de qualificação para o Euro2000. Era outro século, ainda...

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