Conceição: «Se houvesse um supermercado a vender confiança ia comprar»

16 dez 2022, 23:19
FC Porto-P. Ferreira

Taça da Liga: FC Porto-Vizela, 4-0 (reportagem)

Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações à Sport TV, depois da goleada imposta ao Vizela (4-0), no estádio do Dragão, em jogo da fase de grupos da Taça da Liga: 

A equipa começou cedo à procura da vitória, mas foi na segunda parte que se impôs?

- O objetivo era o mesmo, tanto na primeira parte como na segunda, era ganhar o jogo. Era fazer um jogo de acordo com aquilo que fizemos em Chaves, penso que foi um jogo muito positivo, mas não tivemos de acordo com aquilo que tínhamos preparado. Principalmente naquilo que é a nossa equipa, não controlamos o comportamento do adversário, principalmente no nosso primeiro momento de pressionar o Vizela. Na primeira parte tivemos algumas dificuldades, não nos estávamos ajustar, eles estavam a baixar muita gente e tivemos algumas dificuldades nesse sentido. Com bola faltou-nos por vezes diversificar o nosso jogo, pouca largura, foi um jogo, na primeira parte, entretido. E quando digo entretido, é negativo.

- A segunda parte foi mais de acordo com aquilo que somos nós. Uma equipa mais pressionante, uma ocupação dos espaços quando não tínhamos bola e foram naturalmente surgindo os golos.  Uma vitória justa. Demos um passo importante para aquilo que é o objetivo de chegar à Final Four. Agora temos na quarta-feira o Gil Vicente.

O Wendel falou da necessidade de melhorar….

- O nosso jogo foi mais sólido em Chaves, hoje houve momentos que não gostei tanto. Não podemos permitir ao adversário que se sinta confortável com bola, não somos uma equipa expetante, que deixe a bola no adversário, permitindo-lhe ter a dinâmica que estão habituados com outras equipas. O Vizela tem bons jogadores, capazes, que jogam juntos há algum tempo, sabíamos da boa-valia do Vizela, mas dependíamos muito daquilo que eramos nós como equipa. Na primeira parte faltou-nos algo.

Os mundialistas estão a regressar, parece que chegam e é como se tivessem saído daqui ontem…

- Estamos a falar de jogadores de seleção, temos um grupo de homens muito interessante, são todos muito focados no trabalho, muito sérios. Percebem que para chegarem à seleção, é preciso estarem bem no clube. Estão gratos ao clube que os meteu na seleção. O importante é falarmos no FC Porto, voltaram focados e com a ambição de darem o seu contributo em cada jogo, seja Taça da Liga ou Liga dos Campeões.

Rotação na direita, com o João Mário, Pepê e Rodrigo Conceição…João Mário com problemas?

- A confiança conquista-se no dia a dia. Se houvesse um supermercado a vender confiança ia comprar umas garrafas e servia aos meus jogadores, mas isso não é possível. Faz parte do momento dele. Acho que não era ele, a equipa não estava confortável, foi um problema geral. O João tem muita qualidade, o Rodrigo e até o Manafá, são alas na formação, que têm com o tempo delapidado algumas situações que são necessárias para se jogar num grande clube. É nessa evolução que estamos focados em cada um dos jogadores e o João também faz parte.

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