«Pressão? Culpabilizo o nosso presidente porque ganhou tudo»

23 nov 2019, 13:35

Sérgio Conceição fala sobre ciclo decisivo de jogos e sobre o seu dragão de ouro: «É vir trabalhar todos os dias.»

Na conferência de imprensa de antevisão do jogo com o V. Setúbal, da Taça de Portugal, Sérgio Conceição foi questionado sobre o ciclo decisivo de jogos que a equipa tem até ao Natal:

«Encaramos este ciclo como outro qualquer. Todos os jogos são de grandes decisões, porque quando empatamos um jogo é muito mau para o FC Porto, perder nem se fala», disse o treinador portista.

«Estamos habituados a essa pressão, que tem a ver com essa paixão e culpabilizo, sem dúvida nenhuma, o nosso presidente, porque ganhou muitos títulos, ganhou tudo e é o presidente mais titulado do Mundo e a nova geração de adeptos do FC Porto está sempre habituada a ganhar», disse Sérgio Conceição, recordando os tempos em que isso não acontecia.

«Se calhar não se lembram que o clube esteve 19 anos à espera de ganhar um título. É um tempo que já lá vai. As pessoas com mais idade ainda se lembram desse período menos ganhador.»

«A pressão faz parte do dia a dia e teremos de trabalhar no máximo para poder ganhar. Obviamente que sabemos que o nosso futuro na Liga Europa, na Taça da Liga e na Taça de Portugal vão ficar definido até ao Natal», frisou o treinador.

O FC Porto entregou esta quinta-feira os Dragões de Ouro e, ao contrário do ano anterior, Sérgio Conceição não foi distinguido com o troféu para o melhor treinador do ano. O treinador portista foi questionado sobre o facto de os três jogadores premiados - Fábio Silva, Baró e Marega – lhe terem dedicado o troféu que ganharam.

«O meu verdadeiro Dragão de Ouro é vir trabalhar todos os dias. Ontem saí às 19H00 e até perguntei ao Rui Cerqueira [diretor de Comunicação] se ainda cá estava. Mas atenção que às vezes também sou o primeiro a sair», começou por responder o técnico, a brincar.

«Sou apaixonado pelo que faço, trabalho numa casa de que gosto muito e isso é a minha felicidade e alegria», apontou, mas destacou: «Não sou hipócrita para dizer que não fiquei contente por terem saído do palco e de me terem cumprimentado», disse, frisando que «não foi algo pre-definido, foi instintivo da parte dos jogadores.»

Sérgio Conceição disse ainda que «o cumprimento» que os jogadores lhe deram «se estende à equipa técnica e aos colegas.»

«Somos uma família, um grupo e eu só o represento», frisou.

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