Conceição: «Adeptos querem ganhar, seja com bombo, ópera ou concertina»

Ricardo Jorge Castro , Estádio do Dragão, Porto
13 mar 2023, 14:16

Treinador do FC Porto fala da forma de causar problemas aos adversários e diz que «70 passes para chegar à baliza do adversário» lhe dá «sonolência»

O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, referiu após a vitória em Chaves (1-3), há pouco mais de uma semana, que a equipa teve «realismo» no encontro e que por vezes não se toca «violino», tocando-se o «bombo» para somas vitórias.

No regresso às conferências de imprensa, esta segunda-feira, para a antevisão ao jogo com o Inter de Milão, da segunda mão dos oitavos de final da Liga dos Campeões, o técnico traduziu a analogia falando da posse de bola e das características dos seus jogadores, finalizando com a ideia sintética de que ele, tal como os adeptos do FC Porto, querem é ganhar, seja «com bombo, ópera, violino ou concertina».

«Outra música para eliminar o Inter? Depende dos ouvidos (risos). Essa analogia que fiz com as festas, no que é o comportamento da equipa, é como a posse de bola. Ou seja, qual é a forma que ferirmos o adversário e fazermos golo? Com quem trabalho? Quais são as características dos meus jogadores? Uma posse mais apoiada ou mais ligada, 70 passes para chegar à baliza do adversário, para desmontar o adversário, ou uma forma mais direta, um simples passe na frente, descobrindo o espaço que queremos e identificámos no adversário, em dois ou três passes à baliza», começou por dizer.

«Depois, para mim, pode ser bonito dessa forma. Para outra pessoa, se calhar com 70 passes é mais bonito. A mim dá-me alguma sonolência, sinceramente. Mas depende aos olhos de quem ouve a tal música e do que vou conhecendo e ouvindo, neste caso dos adeptos do FC Porto, eles querem é ganhar. Depois, com bombo, ópera, violino ou concertina, é igual, como é para mim», finalizou.

O técnico sublinhou ainda que não liga a «estatísticas» e à «história», quando questionado sobre se o fator experiência poderia ser uma vantagem para o Inter.

«É importante, mas estamos a falar de dois clubes com peso histórico grande. O Inter ganhou três vezes a Liga dos Campeões, tem títulos em Itália, os jogadores que compõem a equipa estão quase todos em diferentes seleções de grande nível, mas o que importa é o jogo de amanhã. Quando se entra dentro de um jogo, acho que se esquece um bocadinho e falo por mim. Hoje, sendo treinador há mais de dez anos, eles entram e querem dar o melhor. Estão focados nas tarefas, no que preparamos para o jogo. Depois, a história e as estatísticas ficam um bocadinho à parte», analisou.

O FC Porto-Inter de Milão joga-se a partir das 20 horas de terça-feira, no Estádio do Dragão. 

Szymon Marciniak é o árbitro do encontro, que pode acompanhar, ao minuto, no Maisfutebol, em mais uma noite especial de Liga dos Campeões, com toda a reportagem e vídeos dos golos e dos melhores lances do encontro.

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