Quem é o miúdo chamado por Conceição que quis ser engenheiro mecânico?

22 jul 2021, 14:22
Rodrigo Valente (FC Porto)

A história de Rodrigo Valente, que integra o estágio no Algarve. Não queria sair do Anta aos nove anos e chorou por ficar fora da primeira convocatória nos dragões

Rodrigo Ribeiro Valente, 20 anos. Um dos campeões europeus sub-19 pelo FC Porto em 2019, na Youth League, ao lado de nomes como Diogo Costa, Diogo Dalot, Fábio Silva ou Fábio Vieira. Hoje, a grande novidade nos 27 jogadores que Sérgio Conceição levou para o estágio de pré-época da equipa principal dos azuis e brancos no Algarve.

Nascido em Santa Maria da Feira a 15 de fevereiro de 2001, Rodrigo deu os primeiros pontapés na bola na Associação Desportiva da Freguesia de Anta. Os «Baixinhos», como é conhecido aquele clube de Espinho.

Agora, está no FC Porto há dez temporadas. Mas antes de chegar ao Dragão, não queria sair de onde começou. Do seu «porto seguro».

«Eu não queria, de todo, sair do Anta. Tinha lá os meus amigos, os meus pais tinham lá os amigos, o meu irmão também jogava lá, era tudo perfeito», contou Rodrigo, numa entrevista ao portal Jovens Promessas.

Valeu-lhe o acompanhamento de um colega e amigo. Nuno Lima, então também no Anta, viajou consigo para o FC Porto em 2010. Como nota de rodapé, Nuno, após uma primeira época de sénior cedido pelo Paços de Ferreira ao Felgueiras 1932, integrou agora a pré-época dos castores.

Nos primeiros tempos na formação do FC Porto, houve um momento marcante para o menino Rodrigo, que o ajudou a mudar. Para melhor, claro. «Quando saiu a primeira convocatória de um jogo enquanto estava no FC Porto, foram quase todos convocados, só três é que não foram e eu fui um deles. Passei o dia todo a chorar, custou-me muito mesmo! Mas foi a partir daí que mudei a minha maneira de pensar», relatou, na mesma entrevista.

Depois disso, muitas histórias mais de azul e branco: o título europeu pelo FC Porto e um campeonato nacional de juniores, também em 2019. Isso e as seleções sub-15, sub-16, sub-17, sub-18 e sub-19 (total de 34 internacionalizações e cinco golos),

Agora, o objetivo da equipa principal. Nunca esteve tão perto. Sérgio Conceição (para já), agarra Rodrigo, que pode assim seguir os passos de várias pérolas da formação, a última delas Francisco Conceição. Tem contrato até 2022.

No meio de tudo isto, uma coisa que o próprio admitiu ser agora «difícil de imaginar»: ser engenheiro mecânico. «Já me imaginei muito nessa área, tive esse sonho durante alguns anos. Neste momento, gostaria de ser gestor de empresas. Mesmo no final da minha carreira, gostava de entrar nesse ramo», contou também, ao Jovens Promessas.

Para já, a engenharia é a da bola. O ramo a agarrar é o da equipa sénior. Tem a oportunidade Rodrigo. A decisão, Sérgio Conceição.

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