FC Porto-Tondela, 4-0 (crónica)

Vítor Maia , Estádio do Dragão, Porto
13 mar 2022, 19:57
FC Porto-Tondela

Banco para que te quero?

De triunfo em triunfo, o FC Porto aumentou para 54 o número de jogos sem perder na Liga – está a um de igualar o maior ciclo de invencibilidade da história do clube.

Os 4-0 aplicados ao Tondela não traduzem, porém, o que se passou em campo durante grande parte do jogo.  Ainda assim, a vitória do líder da Liga é indiscutível.

A noite azul e branco esteve longe da perfeição. Valeram, porém, as entradas de Francisco Conceição, Fábio Vieira e Galeno. O trio lançado para lá da hora de jogo entrou soltinho e resolveu o encontro.

Apesar de ter reconhecido uma quebra física na equipa, Sérgio Conceição conservou grande parte da equipa que havia iniciado o jogo contra o Lyon. As entradas de Fábio Cardoso e de Wendell foram as exceções.

Ora, Pako Ayestarán lançou o desafio aos jogadores ao referir, na véspera, que era possível vencer no Dragão. Ainda que haja uma diferença enorme de qualidade entre as duas equipas, o Tondela não entrou no Dragão amedrontado e colocou o adversário em sentido.

Embora tenha criado uma boa ocasião logo aos seis minutos, o FC Porto esteve longe de protagonizar um bom arranque. Os portistas acumularam perdas de bola, erraram passes e exageram nas tentativas de entrar pelo meio.

Quando abriram o campo com João Mário e Wendell, desmontaram a organização defensiva do Tondela. O internacional sub-21 serviu de bandeja Pepê, mas o brasileiro cabeceou por cima. Depois, foi a vez do brasileiro escapar a Tiago Almeida e dar o golo a Taremi. O iraniano foi, num primeiro instante desarmado e depois, carregado em falta.

Hugo Miguel alertou Gustavo Correia para ir rever o lance. Depois de o fazer, o árbitro marcou grande penalidade. Taremi assumiu a marcação do penálti e fez o Dragão respirar de alívio.

Os beirões, que não vencem para a Liga desde finais de janeiro, poderiam não ter chegado ao intervalo a perder. Tiveram, no fundo, as suas oportunidades – a mais clara por Neto Borges minutos antes do 1-0.

O ritmo baixo, o futebol pouco fluído e desinspirado de parte a parte manteve-se até à hora de jogo. Oportunidades? Não houve. Tudo mudou quando Conceição decidiu olhar para o banco e lançar Francisco Conceição, Fábio Vieira e depois, Galeno e Zaidu.

É verdade que aquando das entradas do brasileiro e do nigeriano o Tondela já estava reduzido a dez elementos por expulsão de Manu Hernando (acumulação de cartões). Quatro minutos depois, os beirões começaram a ruir, qual baralho de cartas.

Já depois de uma enorme defesa de Trigueira e de Francisco Conceição ter acertado no poste, Galeno fez o 2-0 e descansou as hostes portistas. O jogo estava ganho, mas nem por isso os dragões retiraram o pé do acelerador e marcaram mais dois golos em seis minutos. Fábio Vieira aproveitou uma defesa incompleta de Trigueira a remate de Taremi para marcar o 3-0 e Francisco Conceição fixou o resultado final.

É caso para perguntar: banco para que te quero?

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