Depois do susto, a bonança
E de repente, em menos de 10 minutos ainda na primeira parte, tudo mudou. O que parecia improvável, aconteceu mesmo e, no final, sorriu um FC Porto que sofreu – e muito – para vencer o Farense.
No futebol, há máximas para todos os gostos - uma das mais usadas reza assim: «quem não marca, sofre».
Há vários exemplos e hoje, em Faro, viu-se mais um. Aqueles 10 minutos ficarão, por certo, na memória dos adeptos de Farense e FC Porto.
Comecemos pelo início. Ao minuto 29, João Pinheiro marcou penálti para o FC Porto, castigando uma falta de Elves Baldé sobre Evanilson. O lance motivou logo muitos protestos: chamado ao VAR, o árbitro reverteria mesmo a decisão.
Pouco tempo depois, aos 33m, não houve dúvidas: o juiz da partida apontou para a marca de penálti por mão na bola de Fábio Cardoso.
Só que Mattheus Oliveira, um especialista nestes lances, viu aquele tufo de relva negar-lhe a oportunidade de marcar: ao colocar o pé de apoio, o médio do Farense levantou um pouco de relva, desequilibrou-se e rematou muito por cima.
Ainda se lembra como é? «Quem não marca, sofre».
Corria o minuto 36 quando Galeno lançou Evanilson. Já dentro da área, o avançado brasileiro não desperdiçou e bateu Ricardo Velho.
O golo fez bem a um FC Porto que acabou a primeira parte totalmente galvanizado… e com tempo para voltar a marcar.
Aos 41m, Francisco Conceição bateu um canto curto, Pepê passou para Alan Varela à entrada da área e o argentino apontou um grande golo.
O susto transformou-se em conforto para as hostes portistas. Ou melhor: num conforto enganador.
Isto porque, apesar de ter começado melhor a segunda parte, com boas chances para marcar por Francisco Conceição e Galeno, foi o Farense quem reduziu.
Depois de ter falhado na primeira parte, Mattheus Oliveira ganhou o segundo penálti do jogo para os algarvios, sofrendo uma falta de Alan Varela.
Desta vez, foi Bruno Duarte o jogador chamado a converter e não falhou: Diogo Costa ainda acertou no lado, mas a bola foi bem colocada.
O jogo estava relançado. O Farense ganhou novo alento e, nas bancadas do S. Luís, sentia-se que os algarvios podiam chegar ao empate.
Mas seria o FC Porto a voltar a marcar pelo inevitável Evanilson. Ao minuto 77, Pepê lançou o brasileiro que recebeu bem e rematou para o fundo das redes.
O resultado estava feito: o FC Porto passou por um grande susto, mas saiu vivo do Algarve, colocando pressão em Sporting e Benfica que só jogam amanhã.