Pinto da Costa: «Fizemos o contrato com o David Carmo sem caneta»

9 jul 2022, 23:10
David Carmo (twitter FC Porto)

Presidente do FC Porto diz ainda que Mbemba pediu sete milhões de euros limpos

O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, assumiu que o plantel de futebol ficou com uma «grande lacuna» com a saída do defesa congolês Chancel Mbemba e que o central pediu sete milhões de euros limpos para continuar, elogiando a negociação feita com o presidente do Sporting de Braga, António Salvador, na contratação de David Carmo.

«A partir do momento em que o Mbemba sai porque quis e não porque não negociássemos, porque tentámos tudo e chegámos a números que se calhar não devíamos chegar… Mandou uma mensagem ao engenheiro Luís Gonçalves [ndr: a dizer] que estava disposto a continuar no FC Porto, mas queria um salário de sete milhões de euros limpos. Ora, quando um jogador, seja ele quem for, pede a um clube como o FC Porto – ou a qualquer clube português – um salário de sete milhões de euros limpos, acho que era mais simpático dizer: “não tenho condições para continuar, tenho outros objetivos”», começou por dizer, ao Porto Canal.

«Aí, criámos uma grande lacuna e precisávamos de um central que nos desse as máximas garantias. Estudámos muito, tivemos muitas ofertas de jogadores, mas o treinador deu aval sem qualquer dúvida ao David Carmo. A partir daí foi necessário negociar com o Salvador e é sempre difícil, mas há uma vantagem: o Salvador, quando chega a acordo, aperta a mão e depois, venha o que vier, o contrato está fechado. Eu prefiro pessoas que negoceiam dificilmente, mas que depois não é preciso escrever. Nós fizemos o contrato com o David Carmo sem haver caneta, foi assim e assim, aperta a mão e está feito», afirmou, sobre a contratação do central.

«Depois disso ele teve vários contactos com melhores ofertas e disse sempre: já está feito com o FC Porto. Isso dá tranquilidade, haver pessoas com quem se pode negociar assim. Houve outros a quem demos corda porque a fasquia do David estava alta, a cláusula era de 40 milhões de euros e havia ofertas de 30 que não se concretizaram porque o jogador também não estava muito interessado em ir para certos clubes. Felizmente resolveu-se», disse.

Eustáquio, Vitinha e as renovações

Sobre as renovações, Pinto da Costa notou que «estão a ser trabalhadas para haver melhoria de condições» e falou de Gonçalo Borges e também da continuidade, agora a título definitivo, de Eustáquio.

«As renovações estamos a tratar, o Gonçalo Borges penso que vai ser um jogador que, se tiver cabeça no bom sentido, se se dedicar a 100 por cento como tem feito, pode ser um jogador a acrescentar muito à equipa, daí a razão de termos feito contrato. Com o Eustáquio também fizemos contrato por cinco anos, é uma aquisição porque estava por empréstimo, mas o treinador entendeu, fizemos um esforço e contratámos um jogador que vai ser importante no meio campo», disse.

Pinto da Costa analisou ainda a transferência do médio Vitinha para o PSG, reforçando que qualquer jogador do núcleo duro do FC Porto só sai pela cláusula, isto em relação a possíveis novas saídas.

«Saídas, naturalmente que estão perspetivadas. Temos 30 e tal jogadores, não podemos inscrever 30 e tal. Agora, o que eu disse, por exemplo quando se falou do Vitinha, é que tivemos uma oferta de 30 milhões e eu disse que só saía pelos 40 milhões e desde que recebêssemos logo o dinheiro. O Vitinha só se fechou às 21 horas do último dia [ndr: do exercício financeiro]. Aí foi importante o contributo do Jorge Mendes», frisou.

O líder dos azuis e brancos abordou também a nova academia do FC Porto, referindo que está «a passo acelerado».

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