Declarações de José Mota, treinador do Farense, na conferência de imprensa após o empate (0-0) frente ao Vizela, no Estádio S. Luís.
[O Farense entrou bem, mas não foi feliz na hora de finalizar…]
É verdade que tivemos essa infelicidade de não fazer golo. Penso que entrámos muito bem: foi o jogo em que melhor entrámos, conseguimos dominar o adversário, sempre muito fortes, aguerridos e organizados.
Conseguimos ter a bola, dominar o meio-campo, com várias triangulações, em ambos os corredores e também no meio.
Mas sabemos que, quando não se finaliza, começamos a ficar preocupados. Eu já estou habituado a este tipo de comportamentos, de jogos, em que percebemos que cada oportunidade que se falha é um balão de oxigénio para o adversário que vai ganhando confiança.
Estivemos muito bem nos primeiros 20, 25 minutos, podíamos ter resolvido o jogo, mas não conseguimos e, a partir daí, a equipa do Vizela, que é experiente, sabia que tinha de cortar o nosso ímpeto e controlar muitas vezes o jogo e quebrar o ritmo: foi o que fez.
Na segunda parte, teríamos de ter muita paciência: não foi tão espetacular como a primeira, em termos exibicionais, mas, sim, bem mais equilibrada.
O Vizela teve uma ou outra oportunidade e nós uma excelente com a bola na trave.
Tentámos criar algo mais, mas o adversário também percebia que o empate, fora de casa, era sempre bom.
Podemos dizer que não foi um jogo feliz para nós porque tivemos tudo para poder ganhar: bastava que tivéssemos marcado uma daquelas muitas oportunidades.
[O que lhe parece esta longa paragem no campeonato? É benéfica ou não para a sua equipa?]
Não é questão de tirarmos ou não benefícios. Sabemos que não gostamos de paragens muito longas… Mas também sabemos que este é o calendário desde o início da época. Temos de nos adaptar e acho que uma boa folga de fim de semana também faz bem aos jogadores e aos técnicos.