Biden acusa Rússia de levar a cabo "operação falsa" para justificar invasão

Agência Lusa
17 fev 2022, 16:04
Joe Biden (Alex Brandon/AP)

Biden acredita que a Rússia está "envolvida numa operação falsa para ter um pretexto para entrar” em território ucraniano

O Presidente norte-americano, Joe Biden, avisou esta quinta-feira que a Rússia ainda pode invadir a Ucrânia em breve, no mesmo dia em que o governo de Moscovo ordenou a expulsão do número dois da embaixada dos Estados Unidos em Moscovo.

Falando na Casa Branca, Biden disse que Washington não viu ainda sinais de uma retirada das forças russas concentradas junto à fronteira com a Ucrânia e que os EUA têm "razões para acreditar" que a Rússia está "envolvida numa operação falsa para ter um pretexto para entrar” em território ucraniano.

O primeiro-ministro do Reino Unido utilizou exatamente a mesma expressão, referindo-se ao suposto ataque a um jardim de infância na região de Donbass.

"Todos os indícios que temos é que eles estão preparados para ir para a Ucrânia, atacar a Ucrânia", afirmou Biden em declarações aos jornalistas.

O Departamento de Estado norte-americano informou entretanto que a Rússia ordenou a saída do país do vice-embaixador dos EUA em Moscovo, Bart Gorman.

Washington diz tratar-se de um movimento "não provocado" e "um passo de escalada" na tensão. A Rússia não forneceu detalhes sobre o porquê da decisão de expulsar o número dois da embaixada dos Estados Unidos.

Recorde-se que esta quinta-feira a Rússia ameaçou reagir, mesmo militarmente, em caso de rejeição pelos EUA das suas principais exigências de segurança, repetindo que deseja a retirada das forças norte-americanas da Europa Central e Oriental e dos Estados Bálticos.

"Na ausência de vontade por parte do lado americano de acordar em firmes garantias legais para a nossa segurança (...) a Rússia será forçada a reagir, nomeadamente implementando medidas de natureza militar e técnica", disse a diplomacia russa, em resposta às propostas dos Estados Unidos para negociações sobre segurança europeia.

Moscovo insiste na "retirada de todas as forças e armamentos dos Estados Unidos colocados na Europa Central e Oriental, na Europa do Sudeste e nos países bálticos" e também aguarda propostas do Ocidente com vista a "renunciar a qualquer futuro alargamento da NATO".

E.U.A.

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