Espanha: Ministério Público quer agravar pena de Dani Alves

1 mar, 15:13
Dani Alves em tribunal (D.Zorrakino/Pool Photo via AP)

Antigo jogador foi condenado a quatro anos e meio de prisão por violação de uma jovem, mas a sentença vai ser alvo de recurso

O Ministério Público espanhol anunciou que vai recorrer da condenação de quatro anos e meio de prisão que foi aplicada a Dani Alves, por violação, em 2022, de uma jovem, em Barcelona, no sentido de agravar a pena.

Segundo revelaram fontes judiciais à agência EFE, o Ministério Público está a preparar o recurso da decisão, conhecida na última semana, com o tribunal a considerar como atenuante a indemnização de 150 mil euros à vítima, fixada no valor da fiança.

Essa atenuante, de reparação de danos, permitiu que a Audiência de Barcelona baixasse a pena para os quatro anos e meio – o mínimo previsto na lei para uma agressão sexual - quando o Ministério Público pedia nove anos de prisão para o jogador.

No julgamento, Ministério Público e a defesa da jovem opuseram-se à aplicação da atenuante de reparação, justificando que esse foi o valor que a juíza de instrução fixou como fiança para o jogador, que diversas vezes quis que fosse a quantia a entregar à vítima, sem que esta o aceitasse.

A Procuradoria também entende que a aplicação de atenuante a Dani Alves, por ter depositado a fiança de 150 mil euros, pode ser discriminatória, uma vez que dá uma vantagem ao acusado, devido à sua capacidade económica.

Além do Ministério Público, também a defesa da jovem prevê recorrer da sentença, e os representantes Dani Alves igualmente, mantendo o argumento de que o jogador manteve relações sexuais consentidas.

Segundo o processo, o antigo internacional brasileiro encontrava-se na discoteca em Barcelona e encontrou a vítima, com outras pessoas, tendo-a convidado para dançar e, depois, levou-a para a casa de banho, local em que a forçou a ter relações sexuais.

Dani Alves é um dos futebolistas mais condecorados da história do desporto, acumulando 23 troféus só no Barcelona, entre 2008 e 2016, e jogava no Pumas, no México, quando foi detido, levando o clube a despedi-lo de imediato.

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