Polícia do Equador apreende 268 quilos de cocaína em navio no alto mar

Agência Lusa , DCT
19 ago 2023, 08:27
Equador (Associated Press)

Sangoquiza indicou que o Equador já apreendeu 130 toneladas de drogas desde o início do ano, pelo que o país poderá superar a barreira das 200 toneladas apreendidas, pelo terceiro ano consecutivo.

Um carregamento de 268 quilos de cocaína foi apreendido num barco, intercetado em alto mar, que tinha partido do Equador, avançou na sexta-feira a Polícia Nacional equatoriana.

O navio, que seguia para o estrangeiro, foi intercetado a dez milhas náuticas (19 quilómetros) do porto equatoriano de Posorja, numa operação conjunta entre a polícia e a Marinha do Equador.

O chefe de polícia do departamento de antinarcóticos do distrito metropolitano de Guayaquil disse que a bordo do navio foi apreendido um contentor de carga, no interior do qual havia 12 sacas com 274 blocos retangulares de cocaína, cujo peso total era de 268 quilos.

Numa conferência de imprensa, o tenente-coronel Darwin Sangoquiza indicou que o carregamento tinha um valor, no Equador, de 560 mil dólares (514 mil euros), mas que na Ásia poderia ultrapassar os 12 milhões de dólares (11 milhões de euros).

Sangoquiza indicou que o Equador já apreendeu 130 toneladas de drogas desde o início do ano, pelo que o país poderá superar a barreira das 200 toneladas apreendidas, pelo terceiro ano consecutivo.

O Equador faz fronteira com a Colômbia e o Peru, os dois maiores produtores de cocaína do mundo, e tornou-se um local importante para as rotas que transportam a cocaína para a Europa e América do Norte.

A situação tem sido acompanhada por uma onda de violência desencadeada por grupos criminosos que lutam pelo controle de áreas do litoral do país, onde os portos são utilizados para enviar grandes quantidades de cocaína para o estrangeiro.

Estes grupos criminosos foram acusados de serem responsáveis pelo assassínio, na semana passada, do candidato presidencial Fernando Villavicencio, ocorrido à saída de uma ação de campanha na capital, Quito.

Uma semana antes do seu assassínio, Villavicencio tinha denunciado ameaças à sua vida e asseverado que existiam na instituição policial elementos associados à máfia.

O homicídio levou o Presidente Guillermo Lasso a decretar o estado de emergência e agravou o clima de insegurança e de instabilidade no Equador, onde cerca de 13,4 milhões de eleitores serão chamados às urnas para participar no domingo em eleições antecipadas.

Fernando Villavicencio, que surgia em quinto lugar nas sondagens, com 7,5% das intenções de voto, foi substituído pelo jornalista Christian Zurita.

Segundo dados oficiais, depois de registar 22 mortes violentas por cada 100 mil habitantes em 2022, o Equador já soma uma estimativa de 25 mortes por cada 100 mil este ano, podendo chegar a um total anual de 35, um índice próximo aos valores registados nas Honduras e superior aos dados do México e da Colômbia.

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