Exclusivo. "António Costa é na sua geração o político mais talentoso que o país tem e mais preparado"

3 fev 2023, 00:59

Escola Fernão Mendes Pinto, escola primária 

"Cheguei a ser militante do PS, mas deixei de ser". A entrevista na íntegra ao Ministro da Cultura

"António Costa é na sua geração o político mais talentoso que o país tem e mais preparado"

Quando se assinala um ano das eleições legislativas, que deu a maioria absoluta ao PS de António Costa, Maria João Avillez esteve à conversa com um dos ministros estreantes do então novo governo. Pedro Adão e Silva, o homem que foi escolhido para tutelar a Cultura, prefere ter as chaves no bolso, a um cartão de militante do PS. As opções para ao setor, a polémica com os subsídios e com as obras de arte vindas das antigas colónias, foram temas de conversa tendo como palco uma loja de música muito frequentada pelo ministro

Não é militante do PS, aliás, deixou de o ser, mas foi o homem escolhido por António Costa para assumir a pasta da Cultura neste novo Governo. Numa entrevista a Maria João Avillez, Pedro Adão e Silva confessou ser um "acompanhante de estrada" do partido socialista, mas nem sempre foi a ele que entregou o seu voto. 

"Há uma coisa com graça que eu ouvi contar. O Professor Mota Pinto dizia que andava sempre com as chaves do carro no bolso. Eu revejo-me muito nessa ideia, gosto muito de andar com as chaves do carro no bolso e poder escolher o que quero fazer em cada momento", explicou.

Além de "acompanhante de estrada" do partido, Adão e Silva seguiu sempre de perto o percurso de António Costa e "não tem dúvidas nenhumas" em reconhecer que o primeiro-ministro "é na sua geração o político mais talentoso que o país tem e mais preparado". 

"O primeiro-ministro tem uma preocupação que eu acho que é muito importante e, na verdade, é uma coisa que eu gostava que acontecesse mais nos outros, em particular no PSD porque é outro partido grande, que é preservar a ideia de que na geração seguinte há vários protagonistas, há várias possibilidades, que os partidos não se desqualificam."

No fecho de um debate no Parlamento, o ministro da Cultura disse: "Esta maioria nasceu da confiança dos portugueses". Depois de tantos casos e casinhos, a pergunta que se coloca é: "Será que ainda confiam?". Pedro Adão e Silva tende a acreditar que sim. "Nós não temos como medir isso, mas a minha opinião é de que sim, que confiam. Eu acho que há uma coisa que os portugueses têm valorizado sempre ao longo dos anos, e que é um ativo que nos diferencia mesmo no contexto europeu, que é a estabilidade. Os portugueses confiam na estabilidade."

Questionado sobre se o Governo está estabilizado ou estagnado, o ministro admite que haja "frustração" entre os portugueses, contudo, "se não houvesse frustração também não haveria Governo, porque significaria que as coisas estavam resolvidas." 

As opções para ao setor, a polémica com os subsídios e com as obras de arte vindas das antigas colónias foram temas de conversa.

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