Decisão surge dias depois de Elon Musk ter enviado nova carta com argumentos para desistir do negócio
Os acionistas da rede social Twitter votaram esta terça-feira a favor da compra da empresa por parte de Elon Musk, num negócio avaliado em 44 mil milhões de euros (cerca de 43 mil milhões de euros). A decisão surge numa altura em que o homem mais rico do mundo tem levantado muitas dúvidas sobre a compra da empresa, depois de avanços e recuos em relação ao negócio.
Ao preço estabelecido, que foi o apresentado pelo dono da Tesla, as ações são valorizadas em 54,20 dólares por unidade, sendo que esta terça-feira as ações da empresa abriram a um valor de 41 dólares, quase 25% abaixo da valorização do negócio.
Essa é uma das razões que tem levado Elon Musk a duvidar da realização da transação, com as primeiras dúvidas a terem surgido depois de o Twitter não ter, segundo o empresário, justificado as altas taxas de presença de contas falsas na rede social.
A decisão dos acionistas surge poucos dias depois de uma carta enviada por Elon Musk ao Twitter, em que o empresário alega falhas de cibersegurança e mentiras. A rede social considera que os argumentos do dono da Tesla são "inválidos e errados", mantendo assim um braço de ferro que dura já há vários meses.
A primeira carta enviada por Elon Musk a pedir o fim do negócio data de julho, quando o homem mais rico do mundo alegou que o Twitter violou o acordo ao dar informações erradas sobre o número de contas falsas na plataforma. O Twitter decidiu então processar Elon Musk para que o empresário fosse obrigado a completar a aquisição, alegando que o milionário estava a tentar utilizar esses argumentos como pretexto para abandonar o negócio na sequência de uma queda no valor de mercado da empresa.
A confusão escalou desde então, estando já marcado um julgamento, que vai opor as duas partes, para o dia 17 de outubro.
