"Tive quatro filhos, mas nada se compara". Mulher caiu numa das plantas mais venenosas do mundo e as dores foram "absolutamente horríveis"

TVI , AM
1 abr 2023, 11:39
Naomi Lewis (DR)

Nove meses depois da queda, Naomi Lewis, que chegou a estar internada no hospital, ainda sente dores

Naomi Lewis, de 42 anos, estava a andar de bicicleta quando ao sair do caminho, escorregou e caiu em cima de uma das plantas mais venenosas do mundo. Nove meses depois as dores são "absolutamente horríveis". 

Ao ABC News, a australiana revela que tudo aconteceu em junho, em Smithfield, perto de Cairns, em Queensland e que a queda na planta vulgarmente conhecida como Gympie-Gympie lhe causou dores que nem no parto dos filhos sentiu.

"Foi a pior dor de sempre. A 100%. Foi horrível, absolutamente horrível. A dor estava para além do insuportável. O corpo chegou a um limiar de dor e depois comecei a vomitar. Tive quatro filhos - três cesarianas e um parto natural. As dores no parto, em nenhum deles chegou sequer perto", afirmou, dizendo que a sensação foi como se o corpo tivesse pegado fogo.

O marido de Naomi acabou por conduzir até uma farmácia para comprar cera que removesse os pelos da planta que lhe injetavam veneno nas pernas e depois seguiram para o hospital. 

A australiana acabaria por ser transferida para um hospital privado, onde ficou internada durante sete dias a receber medicação para as dores. Medicação que só viria a conseguir desabituar-se perto do Natal. 

Agora, nove meses depois do acidente, Naomi Lewis ainda sente dores semelhantes como se alguém estivesse a "puxar elásticos" nas pernas se a pele estiver exposta ao ar condicionado.

Segundo a toxicologista do Hospital de Cairns, Ruth Young, citada pelo jornal australiano, o melhor método para tratar as picadas causadas pela planta responsável pelas dores de Lewis inclui a utilização de ácido clorídrico diluído nas partes afetadas da pele.

"No entanto, sem qualquer análise científica ou médica adequada destes tratamentos, é perigoso para as pessoas experimentá-los sem supervisão clínica".

Assim, Ruth Young apela a que as pessoas evitem tocar nestas plantas, até porque as consequências, caso o façam, são extremamente dolorosas.

"Não se aproximem. Não toquem. É perigoso".

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