Donald Trump declara-se “não culpado” das acusações sobre eleições de 2020

3 ago 2023, 21:43

Donald Trump sai em liberdade, mas está proibido de contactar com qualquer testemunha do processo. Nova audição fica agendada para 28 de agosto

O ex-presidente Donald Trump declarou-se esta quinta-feira “não culpado” num tribunal federal em Washington, onde esteve presente para responder sobre as acusações de tentativa de alteração de resultados da eleição de 2020. 

Os procuradores norte-americanos não pediram a prisão preventiva de Donald Trump. O antigo presidente irá sair em liberdade, mas estará impedido de comunicar com qualquer pessoa conhecida como testemunha do caso, a menos que através de um advogado. A próxima audição fica marcada para o dia 28 de agosto, perante a juíza Tanya Chutkan.

Trump chegou ao tribunal pelas 15:18 (20:18 em Lisboa), para ser presente perante a juiza Moxila Upadhyaya e depor sobre as acusações de conspiração para tentar alterar os resultados eleitorais de 2020, após a sua derrota para Biden, declarando-se pelas 16:26 (21:26 em Lisboa) como “não culpado”.

À chegada ao aeroporto, depois da audição, Donald Trump reagiu ao processo, classificando o dia como "muito triste para o Estados Unidos da América". 

"Esta é a perseguição de uma pessoa que está a liderar por números muito, muito substanciais nas primárias republicanas e a liderar Biden por muito. Então, se vocês não podem vencê-lo, vocês perseguem-no ou processa-no", afirma Trump.

Recorde-se que, na terla-feira, Donald Trump foi acusado pelo procurador Jack Smith de estar por detrás de um "plano criminoso" e acusa o antigo presidente de ter tentado pôr em causa os pilares da democracia norte-americana, ao tentar alterar o processo de contagem dos votos.

Trump é acusado de conspiração para defraudar os Estados Unidos da América, conspiração para obstruir um procedimento oficial, conspiração contra direitos, bem como obstrução e tentativa de obstrução de um procedimento oficial. 

Nas 45 páginas da acusação, os procuradores argumentam que o então presidente estava "determinado a permanecer no poder", depois de perder a eleição. "Mais de dois meses após o dia da eleição em 3 de novembro de 2020, o réu espalhou mentiras de que houve fraude na determinação do resultado eleitoral e que ele, de facto, tinha venceu”, pode ler-se na acusação.

Esta é a terceira vez que Trump é indiciado criminalmente. Smith já tinha indiciado Trump  na investigação de documentos confidenciais em junho e um grande júri de Manhattan já tinha acusado o ex-presidente por fraude comercial em março.

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