Guerra. Avaria em voo da TAP adia chegada de doente ucraniana a Portugal

9 mar 2022, 22:52
Viatura do Batalhão de Sapadores bombeiros do Porto, estacionada junto ao Hospital de São João (Rui Manuel Farinha/LUSA)

Não está prevista uma nova data de chegada

Uma avaria num voo da TAP adiou a chegada de uma doente ucraniana de 37 anos que vinha para Portugal esta quarta-feira à noite para ser internada no Centro Hospitalar Universitário de São João. 

"O voo comercial operado pela TAP, onde seria transportada a doente ucraniana e a equipa clínica da ONG Médicos do Mundo, para o Centro Hospitalar Universitário de São João, que tinha partida prevista para as 18h00 (hora portuguesa) de Varsóvia, sofreu uma avaria técnica, detetada pouco tempo antes da descolagem", pode ler-se no comunicado.

Estava prevista a chegada da cidadã ucraniana ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, pelas 23:55 desta quarta-feira. Não está prevista uma nova data.

"A doente foi transferida de ambulância do Hospital de Lviv (Ucrânia) para a Polónia e está neste momento a caminho de Portugal, num voo que partiu de Varsóvia, acompanhada das  equipas clínicas da ONG Médicos do Mundo", pode ler-se num comunicado do Hospital de São João.
 
A mulher ia ser transferida pelo INEM do aeroporto para o Hospital de São João, onde iria ser reavaliada pelas equipas médicas, cirúrgicas e de cuidados intensivos, em termos de gravidade das lesões e planeamento das intervenções, num quadro clínico complexo, de acordo com as informações transmitidas à CNN Portugal.
 
O Hospital de São João diz continuar disponível, "no contexto da política nacional e da cooperação internacional, para receber e tratar cidadãos ucranianos, num espírito de enorme solidariedade".

O Hospital de São João avançou que teria disponíveis 138 camas de várias especialidades, incluindo pediatria, para acolher doentes ucranianos, caso venha a ser necessário.

A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 406 mortos e mais de 800 feridos entre a população civil e provocou a fuga de mais de dois milhões de pessoas para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas a Moscovo.

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