41.ª edição da prova arranca este domingo em Lima no Peru
O Dakar 2019 arranca este fim de semana para a sua 41.ª edição de uma prova que terá lugar integralmente no Peru, depois da Argentina e Bolívia terem dado conta que não estavam disponíveis para receber a prova este ano.
Desta forma a edição 2019 do Dakar, vai arrancar este domingo na capital peruana, Lima, local onde a prova vai terminar no próximo dia 17. Até lá os pilotos tem pela frente um traçado de 70% de dunas, num total de 5.000 Km, 3.000 dos quais contra o cronometro.
Entre os caros, Mini e Toyota são as grandes protagonistas desta edição da prova, depois da saída de cena da Peugeot no final da última edição.
A Mini surge em força neste Dakar com Carlos Sainz, Stéphane Peterhansel, Cyril Després e Nani Roma dispostos a chegar à vitória na prova.
Na Toyota a palavra de ordem é apostar na consistência da Toyota Hilux, com pilotos que já mostraram o seu valor na grande maratona sul-americana.
Assim Giniel de Villiers, Nasser Al-Attiyah e o holandês Bernhard ten Brinke vão tentar contrariar o favoritismo da Mini e tentar chegar à vitória no Dakar.
A tentar aproveitar um deslize dos candidatos à vitória vai estar Sébastien Loeb, que surge nesta edição do Dakar sem o apoio de uma equipa de fábrica mas aos comandos de um Peugeot 3008 DKR da PH Sport que já mostrou ser um carro vencedor. A tarefa de Loeb não será fácil, mas o francês pode ter uma palavra na discussão pelos lugares do pódio.
Para além de Loeb é ainda necessário ter em conta o norte-americano Robby Gordon, que está de regresso ao Dakar aos comandos de um UTV Textron XX, bem como Martin Prokop com uma Ford F-150 Raptor 4×4 e Vladimir Vasilyev com uma Toyota Hilux.
Entre os SSV o destaque nesta edição do Dakar vai para o contingente português, com vários pilotos a marcarem presença na prova. A categoria que fez a estreia no Dakar em 2017, surge este ano com 32 inscritos, entre os quais os vencedores de 2017 e 2018.
Entre os pilotos lusos, Pedro Mello Breyner repete a presença de 2017 aos comandos de um Yamaha, ao lado do peruano Javier Uribe e que pode contribuir para uma boa prestação do piloto luso.
Entre os estreantes lusos nesta categoria, destaque para Ricardo Porém que faz equipa com Jorge Monteiro. O antigo campeão nacional de todo-o-terreno vai mostrar as suas capacidades aos comandos de um Can-Am, concretizando assim o sonho de estar no Dakar. Já Miguel Jordão, também em Can-Am, é outros dos estreantes lusos na prova.
A armada lusa vai ter pela frente uma tarefa complicada já que nesta edição do Dakar a categoria de SSV conta com uma boa lista de inscritos onde se destaca o brasileiro Reinaldo Varela, o chileno Ignacio Casale que venceu a prova de quads em 2018 e o russo Sergei Kariakin vencedor da categoria de quads em 2017.
Nas motos a KTM parte para a prova à procura da sua 18.ª vitória consecutiva na prova e à partida de Lima a equipa austríaca faz alinhar os três últimos vencedores do Dakar. Matthias Walkner, Sam Sunderland e Toby Price.
É certo que a tarefa da KTM não vai ser fácil até porque a Honda surge nesta edição do Dakar disposta a travar o domínio da marca austríaca.
A equipa da marca japonesa tem em Joan Barreda, Kevin Benavides e no português Paulo Gonçalves, um tridente de luxo para travar a armada da KTM.
Apesar de a luta entre a KTM e a Honda centrar atenções na categoria de motos, ninguém se pode esquecer da Yamaha que com Adrien van Beveren, Xavier de Soultrait, Franco Caimi e Rodney Faggotter, ou da Husqvarna onde Pablo Quintanilla, bicampeão do mundo de cross country e ralis, que já mostrou que pode dar luta aos seus adversários e que vai contar com o apoio do norte-americano Andrew Short.
Entre os portugueses, Mário Patrão está inserido na equipa oficial da KTM e vai regressar ao Dakar após a ausência em 2018 devido a problemas de saúde e quer lutar pelo melhor lugar possível sabendo que o seu principal objetivo é contribuir para a 18.ª vitória da marca austríaca na prova.
Já Joaquim Rodrigues, uma das revelações da corrida de 2017, quer esquecer a queda violenta de 2018 e voltar a brilhar aos comandos da sua Hero.
Fausto Mota vai para a quarta participação no Dakar e terminar continua a ser o principal objetivo.
Já David Megre quer esquecer o Dakar de 2017 quando foi obrigado a abandonar devido a queda na fase inicial da prova e este ano pretende chegar a Lima e terminar a prova.
Entre os estreantes destaque para António Maio, o campeão nacional de todo-o-terreno nacional, chega este ano ao seu primeiro Dakar e sabe que terá de ganhar experiência na prova antes de ambicionar um bom resultado.
Já Sebastian Bühler tem igualmente a sua primeira prova de fogo no Dakar, a exemplo de Miguel Caetano e Hugo Lopes, pilotos que sabem que o mais importante é chegar ao final da prova
Nos camiões, o duelo deve centrar-se entre o Kamaz do russo Eduard Nikolaev, vencedor em 2017 e 2018, e o Iveco do Team De Rooy, de regresso após um ano de ausência, liderado pelo holandês Gerard De Rooy, que venceu em 2016.
A 41.ª edição do Rali Dakar começa na segunda-feira, em Lima, no Peru, e termina na mesma cidade, no dia 17. Será a primeira vez na história da competição que a prova se desenrola num único país.
As etapas
06-01 Partida em Lima
07-01 Etapa 1: Lima/Pisco - 331 km
08-01 Etapa 2: Pisco/San Juan de Marcona - 553 km
09-01 Etapa 3: San Juan de Marcona/Arequipa - 798 km
10-01 Etapa 4: Arequipa/Tacna (Etapa Maratona) - 511 km
11-01 Etapa 5: Tacna/Arequipa (Etapa Maratona) - 776 km
12-01 Dia de descanso
13-01 Etapa 6: Arequipa/San Juan de Marcona - 838 km
14-01 Etapa 7: San Juan de Marcona/San Juan de Marcona - 387 km
15-01 Etapa 8: San Juan de Marcona/Pisco - 575 km
16-01 Etapa 9: Pisco/Pisco - 409 km
17-01 Etapa 10: Pisco/Lima - 359 km
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