Leões e águias vão defrontar-se com várias «nunces» a colocá-los em pontos de partida divergentes (às vezes contrários) para o jogo de domingo
O dérbi entre Sporting e Benfica deste sábado vai colocar frente a frente duas equipas que estão separadas por sete pontos na classificação da Liga, mas que têm mais diferenças entre si. E são também sete aquelas que colocamos aqui quando a contagem decrescente para o jogo entre os «eternos rivais» já decorre.A informação diária aponta ainda para as indefinições relativamente às opções de que os treinadores dispõem, nomeadamente, quanto às condições físicas de Slimani no Sporting, ou à recuperação de Nico Gaitán no Benfica – questões que podem apenas ficar decididas a poucas horas do jogo, onde, em condições ideais, o argentino estará mais seguro da titularidade no «onze» dos encarnados» do que o argelino no dos «leões».
Assim, para «descobrir» uma primeira diferença, toma-se por base os «onzes» mais prováveis dos dois clubes (com as devidas incertezas que fazem parte deste jogo).
No Sporting, contamos que Marco Silva deverá fazer alinhar Rui Patrício, Cédric, Paulo Oliveira, Tobias Figueiredo, Jefferson, William Carvalho, Adrien Silva, João Mário, André Carrillo, Nani e Fredy Montero (ou Slimani).
No Benfica, contamos que Jorge Jesus fará alinhar Artur, Maxi Pereira, Luisão, Jardel, Eliseu, Samaris, Toto Salvio, Talisca (ou Pizzi), Nico Gaitán (ou Ola John), Lima e Jonas.
A primeira diferença fica evidente na formação
A segunda diferença também é fácil de «apanhar». O número de jogadores portugueses
Já no Benfica, o domínio do plantel está do lado dos jogadores estrageiros, pois apenas haverá um português no «onze»: Eliseu. Pizzi poderá dobrar a margem mínima se for opção, mas, entre Gaitán e Ola John será (também) indiferente. Ou seja, o Benfica deverá entrar em Alvalade com 10 estrangeiros – nove na melhor
A estas duas diferenças anteriores não será, então, alheia a terceira: a experiência
Se Ola John jogar já não será pela primeira vez. Pizzi não participou em dérbis. Mas, no «onze» mais provável, são Samaris e Jonas quem nunca defrontou os verde e brancos. No lado do Sporting, é na defesa que está a maior inexperiência em dérbis, pois ambos os centrais Paulo Oliveira e Tobias Figueiredo se estrearão pelo Sporting frente ao Benfica. O terceiro leão a fazer a estreia absoluta em dérbis da capital será João Mário.
No Sporting, o mais experiente nestes jogos é Rui Patrício, com 17 dérbis (o segundo mais rotinado é Adrien, com oito). A maior experiência dos benfiquistas volta a ter como exemplo que «17» são já os dérbis do seu segundo mais rotinado: Maxi Pereira.
A nível dos treinadores, Marco Silva fará também o seu segundo dérbi oficial (a que se pode juntar mais dois «clássicos nesta época com o FC Porto). O treinador contraria esta inexperiência
Na concretização dos golos, Benfica e Sporting não chegam a estar separados por sete. Na verdade, são seis golos a separá-los na tabela dos marcados, pois o Benfica soma 44 golos na Liga, enquanto o Sporting 38. Mas há diferenças mais acentuadas neste caso. O Sporting é muito mais eficaz no segundo tempo
Já o Benfica pauta-se pelo maior equilíbrio
É também entre os pontos perdidos em casa e fora de portas
Retomando o plano dos treinadores e alargando o âmbito das diferenças do «onze» mais provável para a generalidade do plantel, volta a ser nos respetivos setores defensivo que se encontram diferenças significativas quanto aos jogadores mais utilizados
No quarteto defensivo, pelo contrário, o treinador «encarnado» tem sido muito mais conservador, pois há quatro jogadores muito mais utilizados do que qualquer outro companheiro de setor: Maxi, Luisão, Jardel (todos bem acima dos mil minutos) e ainda Eliseu (também ele já acima do milhar de minutos. Marco Silva, pelo contrário, tem variado muito mais as opções na defesa só tendo dois jogadores acima dos mil minutos jogados: Cédric e Paulo Oliveira. Quer entre Jonathan Silva e Jefferson, ou entre Sarr e o já ausente Maurício (com os outros centrais), houve frequentes trocas.
Nos setores médios – com a «nuance» já ausente Enzo Pérez – e avançados, as primeiras opções para este jogo de domingo equiparam-se nas duas equipas entre os números do mais utilizados, como pode ver AQUI
Se o Sporting tem sete jogadores da formação no «onze» e o Benfica nenhum, a questão do orçamento
Ora, estes elementos custaram aos cofres leoninos cerca de 4 milhões de euros com a confirmação da contratação de Montero (1,1 milhões), os 690 mil euros por Carrillo, os 400 mil por Jefferson e os 1,8 milhões por Paulo Oliveira. Trocando Slimani (250 mil euros) por Montero, o orçamento cai para cerca de 3,75 milhões de euros.
No Benfica, os valores são diferentes. Muito diferentes – e englobando as várias épocas de contratações que distam bastante umas das outras. Maxi Pereira custou três milhões de euros, Luisão custou um, Jardel 500 mil euros, Eliseu 1,5 milhões, Salvio 13,5 milhões, Talisca quatro milhões, Samaris 10 milhões, Gaitán 8,4 milhões e Lima quatro milhões: estes valores dão um total de 45,9 milhões de euros.
A custo zero