De nona a quarta força política: Cotrim ligou a Costa a dizer que "pode contar com oposição firme da Iniciativa Liberal"

31 jan 2022, 02:00

"Passámos de nona força política para quarta força política, mostrámos que é possível fazer uma campanha com clareza de objetivos, coerência de comportamentos e coragem"

João Cotrim de Figueiredo exaltou o trabalho da campanha dos liberais que terminou com a eleição de oito deputados para a Assembleia da República, afirmando que o objetivo foi cumprido "sem ser populista e sem ser extremista". No salão da Gare Marítima, o líder da Iniciativa Liberal aproveitou para comunicar aos apoiantes que telefonou a António Costa para lhe dizer que "pode contar com oposição firme da IL".

Cotrim de Figueiredo exprimiu ainda orgulho por ter um grupo parlamentar com o qual trabalhar - "que bom que é dizer esta frase" - e que "será oposição firme, constante e implacável ao socialismo que nos governa". Com cânticos a pautar o seu discurso, apontou dois vitoriosos nestas eleições legislativas.  "Um preocupa-nos, é o PS com uma eventual maioria absoluta", "o outro é o Iniciativa Liberal, isso é um motivo de profunda alegria".

"Passámos de nona força política para quarta força política, mostrámos que é possível fazer uma campanha com clareza de objetivos, coerência de comportamentos e coragem." Antes de ser envolvido por uma enchente de apoiantes, Cotrim de Figueiredo chegou a perguntar se a comunicação social tinha alguma questão, mas, segundos depois, abandonava o palco sem qualquer interrogação.

O Iniciativa Liberal começou a noite eleitoral em festa, com várias sondagens, incluindo a da Pitagórica para a TVI/CNN, a darem a possibilidade de o partido eleger entre 7 a 11 deputados. Por volta das 20:40, Rodrigo Saraiva foi o primeiro a subir ao palco dos liberais e começou por antecipar um bom resultado. “Acho que podemos dizer que esta noite Portugal está mais liberal”, disse o número 3 pelo círculo eleitoral de Lisboa.

Saraiva, que acabou por ajudar a fechar as contas da IL na capital com Bernardo Blanco, igualando o número de deputados do Chega eleitos pelo mesmo círculo eleitoral, disse que o seu partido foi "o único que se apresentou com objetivos claros” e que essa estratégia foi "reconhecida". Perante cânticos e aplausos, Saraiva reiterou que o partido “afirmou de forma convincente que o liberalismo funciona e faz falta a Portugal”, sendo que concretizou a intenção de “mobilizar os jovens para estas eleições”.

Na altura do discurso de Saraiva, o IL, que se apresentou pela primeira vez às eleições europeias de 2019 e que conseguiu eleger Cotrim de Figueiredo para o Parlamento nas legislativas do mesmo ano, ainda não tinha tido notícias da eleição de qualquer deputado. 

Esse objetivo só foi alcançado cerca de uma hora depois quando Carlos Guimarães Pinto, antigo líder do partido que falhou a eleição para o Parlamento em 2019, foi eleito pelo círculo do Porto - que ficou fechado também com a eleição da jurista Patrícia Gilvaz.

Em 2019, Carlos Guimarães Pinto anunciou que iria abandonar o cargo de direção do partido no “dia histórico” em que a IL se estreou com uma intervenção no Parlamento, considerando então que a sua missão como presidente estava cumprida.

Para o grupo parlamentar da Iniciativa Liberal entraram também o gestor de recursos humanos Rui Nuno de Oliveira Garcia da Rocha, que era cabeça de lista por Braga, Carla Maria de Azevedo, especialista em gestão empresarial aplicada, pelo círculo de Lisboa e Joana Rita Madaleno Cordeiro, eleita pelo círculo de Setúbal.

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