Veja como ele dança: com nove anos e um metro e meio, Martim trouxe duas medalhas de ouro da Taça de Dança do Mundo para Portugal

4 jul 2022, 18:43

Aos nove anos, o português Martim Amorim conquistou dois títulos mundiais de dança nas categorias de solo contemporâneo e acro-dance.

"Foi uma emoção e um orgulho representar a minha cidade e o meu país". É assim que o jovem Martim, com apenas nove anos, descreve o que sentiu no momento em que foi chamado para receber duas medalhas de ouro na final da "Taça de Dança do Mundo" em San Sebastián. Uma conquista inédita e com uma dimensão de gigante, bem longe do seu metro e meio.

Como todas as grandes conquistas, esta fez-se de muito esforço, prática, mas também diversão, como pede a idade. A dança faz parte do dia a dia do campeão nacional que começou a dançar mesmo antes de ter dado os primeiros passos. Na verdade, mesmo antes de nascer. A mãe, Ana Marques, é bailarina e a grande mentora, a par da tia Francisca, com quem o menino da Póvoa de Varzim treina todos os dias, por mais de duas horas.

"Ver o meu filho receber as medalhas ao som do hino, com uma plateia a vibrar... foi uma grande emoção. Mas eu sentia que ele tinha capacidade de ganhar, eu conheço o potencial do Martim. Ele tem uma coisa maravilhosa, consegue concentrar-se e empenhar-se na competição, sem esquecer o que é ser criança... a inocência", revela Ana Marques.

Martim com a mãe e treinadora, Ana Marques
Martim com a mãe e treinadora, Ana Marques. Foto: DR

A "Dance World Cup" é uma das maiores competições de dança em todo o mundo, junta atletas de mais de 120 mil atletas de mais de 60 países de todos os continentes, mas isso não é suficiente para intimidar o jovem Martim no momento de representar Portugal.

"Eu tinha muita expectativa de ficar bem classificado no solo de contemporâneo, nem tanto no de acro-dance, mas correu bem", desabafa o medalhista português. 

As palavras são de adulto mas a alma é de uma criança como todas as outras. Martim terminou recentemente o terceiro ano da escola primária, apesar de confessar timidamente que às vezes é difícil conciliar com a dança, e diz que ainda não sabe o que quer fazer no futuro. A dança não é para já uma decisão firmada. 

O tempo dirá o que Martim será e fará na vida, mas as conquistas deste menino que dança com emoção, talento e técnica de homem crescido já não podem ser apagadas da história da dança em Portugal.

Veja a prova de solo contemporâneo do Martim:

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