Os quatro alegados autores do homicídio de Jéssica Biscaia, incluindo a mãe, começam a ser julgados no dia 5 de junho
Um dos casos que marcou o ano de 2022, a morte de Jéssica Biscaia, de 3 anos, vítima de maus-tratos, vai começar a ser julgado no próximo dia 5 de junho, no Tribunal de Setúbal, onde tem para já um total de quatro sessões agendadas.
A TVI (do mesmo grupo da CNN) apurou ainda que a mãe da menina, já a cumprir prisão preventiva, requereu a realização de perícia psiquiátrica, com vista a tentar provar imputabilidade reduzida.
Para sustentar o pedido, Inês Sanches alega ter um discurso “incoerente, por vezes imperceptível e confuso, dificuldades cognitivas e em se situar no tempo e no espaço confundindo distâncias, datas e nomes”.
O pedido já foi entretanto analisado e ponderado pelo juiz responsável pelo processo que negou a realização da perícia já que em nenhum momento anterior, incluindo o interrogatório judicial, a arguida demonstrou qualquer tipo de dificuldade cognitiva ou embaraço no discurso.
Para além da primeira data, a cinco de junho, há audiências agendadas para os dias 6 de junho, de manhã e de tarde, e 4 de julho, quando o Tribunal Coletivo de Setúbal prevê poder realizar a fase de alegações finais.
Jéssica Biscaia, três anos, morreu em junho de 2022, vítima de maus-tratos. Quando o auxílio chegou a casa da mãe, a criança mal dava acordo de si. Nos dias que se seguiram à sua morte, soube-se que nunca tinha estado com a ama (como a mãe inicialmente disse), mas sequestrada por três pessoas da mesma família - os arguidos Eduardo Montes, Justo Montes, Ana Cristina Pinto - que retiveram a menina por causa de dívidas da mãe. Dias depois, Inês também viria a ser constituída arguida.
