Greve na Infraestruturas de Portugal suprimiu quase 82% dos comboios da CP até às 19:00

Agência Lusa , MJC
14 jul 2023, 19:30
Comboios (RODRIGO ANTUNES/LUSA)

Foram suprimidos 894 dos 1.093 comboios previstos

A greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) levou à supressão, entre as 00:00 e as 19:00, de 894 comboios da CP – Comboios de Portugal, quase 82% das composições programadas, adiantou a transportadora.

A operadora ferroviária tinha previsto a circulação de 1.093 comboios neste período. Dos serviços mínimos previstos, 203 comboios, realizaram-se 199.

No serviço de longo curso apenas circularam 10 comboios em 66 estimados e no regional, dos 262 previstos, realizaram-se 54.

Nos urbanos de Lisboa, circularam 81 comboios de 520 programados e, no Porto, de 217 estimados, realizaram-se 47.

Nos urbanos de Coimbra, foram efetuados sete comboios de 28 estimados.

Num comunicado publicado hoje no seu 'site', a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) disse que a greve dos trabalhadores da IP, que gere as redes ferroviária e rodoviária, "regista uma forte adesão, que tem como consequência uma enorme perturbação da circulação ferroviária de comboios de passageiros e mercadorias e a suspensão, no dia de hoje, das inúmeras obras que decorrem nas infraestruturas, assim como a paralisação das diversas atividades destas empresas".

A Fectrans recordou que "os trabalhadores lutam pela negociação do aumento intercalar, tal como aconteceu noutras empresas públicas e reclamam, nos termos do compromisso assumido pelo ministro da tutela no passado dia 08 de maio, que se inicie a revisão das carreiras profissionais, tal como já decorre nas outras empresas".

A Federação disse ainda que o Governo "deu uma orientação para as empresas públicas, que cumpriram e onde se fizeram acordos, só a administração da IP é que não cumpriu".

Em comunicado hoje divulgado durante a manhã, a IP disse, por sua vez, "que garantiu a abertura de canal ferroviário para realização de todos os comboios definidos como serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral (CES), em decisão que condicionou e limitou a circulação ferroviária a aproximadamente 25% do serviço ferroviário diário dos operadores CP e Fertagus".

Além disso, a IP "informa que registou uma adesão à greve de 2,8% dos trabalhadores previstos ao serviço".

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