Tufão na Coreia do Sul obriga a retirar milhares de escuteiros de festival mundial

Agência Lusa , DCT
7 ago 2023, 08:00
Coreia do Sul (Associated Press)

O gabinete do Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, afirmou que os participantes podiam ser realojados em Seul e arredores, de acordo com um comunicado.

O festival mundial dos escuteiros na Coreia do Sul, do qual milhares de participantes já fugiram devido ao calor e má organização, vai terminar mais cedo devido a um alerta de tufão, foi esta segunda-feira anunciado.

"Devido ao impacto esperado do tufão Khanun, será marcada uma partida antecipada para todos os participantes", disse a Organização Mundial do Movimento Escutista, em comunicado, apelando às autoridades para que ajudem a repatriar as dezenas de milhares de crianças e adolescentes participantes no festival.

"Apelamos ao Governo para que acelere o plano de partida e forneça todos os recursos e apoio necessários aos participantes durante a estadia e até ao regresso ao país de origem", acrescentou.

Não foram fornecidos pormenores sobre o local onde os participantes serão acolhidos antes de regressarem a casa.

Todas as atividades previstas para esta tarde foram canceladas e os participantes vão começar a deixar o campo, na terça-feira de manhã, avançou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

O gabinete do Presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, afirmou que os participantes podiam ser realojados em Seul e arredores, de acordo com um comunicado.

O tufão Khanun, que matou pelo menos uma pessoa quando passou pelo arquipélago japonês de Okinawa na semana passada, deverá chegar à Coreia do Sul na quinta-feira, de acordo com os serviços meteorológicos.

Cerca de 43 mil pessoas de todo o mundo participam no festival, em Saemangeum, na costa ocidental da Coreia do Sul. O festival, organizado de quatro em quatro anos, devia terminar a 12 de agosto.

Mas o evento transformou-se rapidamente num pesadelo: milhares de participantes, incluindo 4.000 britânicos e 1.500 norte-americanos, abandonaram o encontro prematuramente no final da semana passada devido ao calor extremo e à má organização.

De acordo com as autoridades locais e os organizadores, cerca de 600 participantes sofreram uma insolação ou outras doenças relacionadas com as temperaturas tórridas.

Os britânicos retiraram-se para Seul, enquanto os norte-americanos foram acolhidos pelo exército dos Estados Unidos, na base de Pyeongtaek, a sul da capital.

Os escuteiros de Singapura também decidiram abandonar o local mais cedo do que o previsto.

A península coreana vive atualmente uma vaga de calor húmido, com temperaturas diárias entre os 35 e os 38 graus, o que levou a um alerta máximo de vaga de calor.

Nos últimos dias, os meios de comunicação social locais descreveram a situação como "uma vergonha" para o país, tendo em conta o tempo tido para preparar este gigantesco encontro de verão.

O Governo sul-coreano enviou médicos e enfermeiros militares, bem como autocarros com ar condicionado e camiões frigoríficos carregados de água gelada.

Foi igualmente aprovada uma ajuda de emergência de 6,9 mil milhões de won (4,8 milhões de euros) para fazer face à situação.

Além dos problemas causados pelo calor, os meios de comunicação social locais referiram as más condições de acampamento, com instalações sanitárias "longe de serem ideais", incluindo chuveiros e casas de banho.

Para piorar a situação, as autoridades regionais informaram no sábado que pelo menos 70 participantes de uma missa tinham contraído covid-19.

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