Contribuintes que em 2022 declararam mais de 250 mil euros subiram quase 22%

Agência Lusa , PF
3 abr, 17:24
Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) já começou a reembolsar os contribuintes. (Pexels)

Segundo os mesmos dados, houve 64.940 contribuintes com rendimentos entre 100 mil e 250 mil euros, com os que ganharam mais de 250 mil euros a totalizarem 5.409

O número de agregados familiares que em 2022 registaram um total de rendimento bruto acima dos 250 mil euros foi de 5.409, uma subida de 21,69% face ao ano anterior, segundo os dados estatísticos do IRS.

Estes dados estatísticos globais do IRS relativos a 2022 foram agora disponibilizados publicamente pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) e mostram que enquanto o número de contribuintes com rendimentos até 10 mil euros brutos recuou de 2021 para 2022, nos restantes patamares de rendimentos a tendência foi de subida.

O crescimento homólogo mais expressivo ocorreu nos contribuintes que auferiram entre 100 mil e 250 mil euros (subida de 18,02%) e acima de 250 mil euros (21,69%). Em número continuam, no entanto, a representar uma ínfima parcela dos 5.807.704 agregados que entregaram declaração de IRS em 2022.

Segundo os mesmos dados, houve 64.940 contribuintes com rendimentos entre 100 mil e 250 mil euros, com os que ganharam mais de 250 mil euros a totalizarem 5.409. Na prática, estes dois grupos de contribuintes representam, respetivamente, 1,12% e 0,09% dos que entregaram declaração anual do imposto.

Em termos de valor de rendimento bruto, os contribuintes que auferiram entre 100 mil e 250 mil euros reportaram 8.796 milhões de euros. Já os que estão no patamar imediatamente acima (mais de 250 mil euros) reportaram 2.518 milhões de euros. Em ambos os casos verificam-se variações positivas homólogas de, respetivamente, 18,46% e 19,06%.

Juntos, estes dois grupos de contribuintes representam 9,57% do rendimento bruto.

De referir que, do total dos agregados com rendimento bruto declarado em 2022, há 57,60% (3.345.294) com IRS liquidado, sendo que para 42,40% dos agregados não foi apurado qualquer valor de IRS.

Por comparação com o ano anterior há uma subida de 2,73% de agregados com IRS liquidado, ou seja, que tiveram rendimento suficiente para pagar algum imposto.

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