Sindicato apela para a revisão das condições de segurança e denuncia episódios de violência "gratuita"
Um guarda prisional teve de ser hospitalizado depois de ter sido agredido por um recluso no Estabelecimento Prisional de Coimbra.
O recluso, com cerca de 35 anos, está a cumprir pena por crimes de ofensas à integridade física e violência doméstica, entre outros, sendo que esteve detido em Monsanto antes de ser transferido para o Centro do país.
O guarda foi agredido depois de abrir uma porta por onde passou o recluso, que de imediato o atingiu com dois murros na zona da cabeça.
O Sindicato do Corpo da Guarda Prisional já veio condenar o episódio, referindo que tem vindo a alertar para a falta de segurança dos estabelecimentos prisionais e, sobretudo, para as agressões a guardas que diz acontecerem de “forma gratuita”.
“O sindicato exige que sejam tomadas medidas mais gravosas sobre quem agredir guardas prisionais”, diz à CNN Portugal Frederico Morais, daquela organização, pedindo alterações ao Código de Processo Penal, uma vez que o guarda prisional representa o Estado português.
Segundo Frederico Morais, os golpes não visavam especificamente o guarda agredido, uma vez que naquele momento “podia ter sido agredido aquele ou outro”, sendo apenas o que se encontrava no posto quando o recluso teve o comportamento violento.
Para o dirigente sindical, este caso é o último de 11 registados desde janeiro deste ano e mais um a acentuar a “falta de segurança nas prisões”, sobretudo no que diz respeito a “agressões de forma gratuita” a guardas prisionais, pelo que o sindicato exige que “sejam tomadas medidas mais gravosas, ou seja, a alteração do Código Processo Penal”, para proteger os guardas prisionais, que “representam o Estado português”.
Frederico Morais disse ainda que se nada for feito a situação pode tornar-se “mais grave”.
