Ação da Climáximo junta cerca de 70 pessoas numa assembleia no Marquês de Pombal

Agência Lusa , PP
9 dez 2023, 17:24

“Temos de encarar como uma coisa que está a acontecer hoje e que devemos tomar ações agora”, disse um porta-voz dos ativistas

Cerca de 70 pessoas estão reunidas numa assembleia popular na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa, no decorrer de uma ação pelo clima organizada pela Climáximo, que reivindica a neutralidade carbónica, o fim do gás natural e empregos pelo clima.

Na Praça Marquês de Pombal, as várias pessoas estão divididas em pequenos grupos, espalhados numa das faixas da rotunda que circunda, para discutirem os planos para o movimento pela justiça climática para os próximos anos.

Tal como explicou à Lusa um dos porta-vozes da Climáximo, esta assembleia vai conversar sobre quais são as prioridades atuais na luta pelo clima, e definir os objetivos estratégicos e as ações de luta futuras.

“O que é importante realmente é as pessoas falarem sobre o que devemos fazer em conjunto, essa é a base da assembleia”, disse António Assunção.

Apontou que “o futuro é sempre incerto”, mas afirmou que estão dispostos a fazer o que “a crise climática e o atual momento” precisarem.

“Passa em grande parte por dar visibilidade à crise climática e mobilizar as pessoas e começarmos a agir novamente porque a nossa vida está em risco e estão a destruir tudo o que nós amamos”, explicou o porta-voz da Climáximo, sublinhando que a sociedade atual já está a falar sobre a crise climática, algo que não acontecia “há muito tempo”.

Antes de chegarem à Praça Marquês de Pombal, os cerca de 70 manifestantes caminharam lentamente pela avenida Fontes Pereira de Melo, depois de terem saído do Saldanha por volta as 14:40.

Esta ação, tal como explicou António Assunção, serve para fazer três exigências: neutralidade carbónica até 2030, fim do gás natural até 2025 e a implementação de um plano de emprego para o clima.

Segundo o porta-voz, as perspetivas de concretização destas metas “dependem sempre muito da população” e de a sociedade parar de encarar a crise climática “como uma crise secundária e para o futuro”.

“Temos de encarar como uma coisa que está a acontecer hoje e que devemos tomar ações agora”, sublinhou.

Uma das associações que aderiu a esta manifestação é a Habita, que luta por que todos os cidadãos possam habitar as cidades, tendo António Gori explicado que a luta da associação é “primeiramente uma luta que reivindica o direitos dos povos a habitar o planeta Terra”.

“Há uma ligação evidente porque sem planeta nem casa vamos ter”, apontou o porta-voz.

No final da assembleia que decorre na Praça Marquês de Pombal, os manifestantes deverão caminhar até à Praça dos Restauradores, onde a Climáximo dará a conhecer os resultados desta reunião.

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