Champions: Real Madrid-Sp. Braga, 3-0 (crónica)

8 nov 2023, 22:11

É samba que se dança nos grandes palcos

O Sporting de Braga ousou sonhar com uma vitória em casa do gigante Real Madrid, mas o «bicho-papão» da Liga dos Campeões deixou uma amostra do seu estatuto em campo e saiu claramente por cima, com um triunfo por 3-0.

No Bernabéu, ainda se viu uma entrada arrojada dos minhotos, naquele que foi o jogo de maior envergadura da história da equipa. O palco pedia mesmo uma atitude corajosa, mas a força dos guerreiros do Minho foi quebrada pela alegria do samba, que tomou conta do protagonismo.

E se aquele penálti entrasse?

O início do Sp. Braga foi prometedor e nem o penálti desperdiçado por Álvaro Djaló logo no arranque baixou os índices de confiança, embora ficasse a dúvida sobre o que seria do rumo do jogo caso Lunin não tivesse travado o remate.

Os minhotos entraram com uma atitude positiva no Bernabéu e a chamada de João Moutinho ao onze trouxe os efeitos desejados por Artur Jorge, nomeadamente a capacidade de circulação de bola.

A equipa minhota também foi perigosa nas saídas rápidas, com Bruma e Djaló a evidenciarem-se neste capítulo.

Os bracarenses conseguiram dividir as ações, sensivelmente, até meio da primeira parte, quando os merengues reagiram, tomaram conta do jogo e a qualidade dos intervenientes que tem começou a vir à tona.

Ainda antes da meia-hora, Rodrygo rompeu nas costas de Vítor Carvalho e tirou um cruzamento atrasado para Brahim Díaz, que só teve de encostar para mexer no resultado.

A partir de então, o Real Madrid ficou ainda mais confortável no jogo, mesmo sem precisar de asfixiar os minhotos que, por outro lado, começaram a denotar menos fulgor para bater a primeira pressão dos espanhóis e sair para o ataque rápido. De resto, até intervalo, escassearam os momentos de chegada ao último terço por parte dos arsenalistas.

Viu-se outro andamento

Se o Real não apertou o Sp. Braga na primeira parte, fê-lo em força no arranque do segundo tempo. Os merengues entraram com linhas muito subidas após o intervalo, conseguiram recuperar várias bolas em zonas adiantadas e causaram um desnorte total no meio-campo e na linha defensiva dos minhotos. Assim que ganhavam a bola após erro atrás de erro dos bracarenses, os espanhóis ativavam a velocidade dos dois jogadores do ataque: Vinicius e Rodrygo. Que andamento!

Os avançados brasileiros tiveram espaço para correr, encararam os defesas minhotos e, depois, trataram de lançar o samba em pleno Bernabéu.

Aos 58 minutos, foi Vinicius a driblar José Fonte na área e a fazer o 2-0. Três minutos depois, o sete dos merengues assistiu o compatriota, que na cara de Matheus finalizou com classe - um chapéu.

Artur Jorge procurou mexer rapidamente na equipa para evitar uma hecatombe, mas os merengues mantiveram a toada de pressão, que só o guarda-redes minhoto ou a pontaria desafinada conseguiram abrandar.

Na reta final, Ancelotti deu a indicação, com as substituições, de que o trabalho estava feito e o resultado podia ser gerido. O Real assim o fez, controlou o Sp. Braga e só no último lance do encontro permitiu que Abel Ruiz ainda vislumbrasse o golo, mas Lunin – tal como no penálti – respondeu à altura.

Os minhotos, que ficaram em branco pela primeira vez esta época, ainda sonham, mas sabem que a missão de chegar à próxima fase da Champions é hercúlea, enquanto os senhores da prova milionária - leia-se, Real Madrid - já trataram dessa tarefa.

(IMAGENS VÍDEO ELEVEN NA DAZN)

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