Ativistas hasteiam bandeira da Palestina e pintam fachada da Câmara de Lisboa. Moedas repudia "vandalização de princípios da democracia"

Andreia Miranda , notícia atualizada às 11:56
22 dez 2023, 08:31

 

 

 

Presidente da Câmara Municipal de Lisboa repudia "o atentado levado a cabo a um património classificado e único da cidade e país"

Ativistas solidárias com o Coletivo de Libertação da Palestina, o Climáximo e a Greve Climática Estudantil de Lisboa hastearam uma bandeira da Palestina na varanda da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e pintaram a fachada do edifício a vermelho, incluindo a palavra "genocida", durante a madrugada desta sexta-feira.

Numa publicação no Instagram, o Coletivo de Libertação da Palestina escreve que o protesto serviu para denunciar "o apoio incondicional de Carlos Moedas a um projeto colonial que, há mais de 75 anos, tem por base a limpeza étnica do povo palestiniano".

"As posições e ações do presidente da CML tornam-no e à autarquia cúmplices do genocídio que, há mais de dois meses, o regime israelita leva a cabo na Palestina. Só desde o passado 7 de outubro, mais de 20 mil pessoas palestinianas foram mortas pelo exército sionista, quase 2 milhões ficaram deslocadas, numa clara continuação da Nakba (catástrofe, em árabe). Não podemos consentir com instituições que celebram um regime de apartheid, apoiando este genocídio. Não estando sequer o mínimo garantido — o corte diplomático e de todas as relações económicas e políticas entre a CML e o regime sionista — hoje tornamos impossível ignorar o papel desta instituição na legitimação de apartheid e continuados crimes de guerra. Lutamos pelo fim da ocupação da Palestina e a autodeterminação do seu povo. Não assistiremos paradas ao genocídio".

Em comunicado enviado às redações, Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa manifestou "profundo repúdio contra o atentado levado a cabo a um património classificado e único" da nossa e país. 

"O que aconteceu esta madrugada na Casa da República e de todos nós é mais do que um ato selvagem e bárbaro. É a vandalização de princípios da democracia no seu estado mais puro. Esperamos que todos os grupos políticos representados no Executivo municipal possam publicamente acompanhar e condenar este crime contra a nossa cidade", acrescenta a nota.

As operações de limpeza começaram pouco depois das 8:30, apurou a CNN Portugal.

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