Rui Moreira disponível para pagar policiamento gratificado na zona da Movida do Porto

Agência Lusa , DCT
6 out 2022, 13:05
Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto (Rui Valido)

Rui Moreira adiantou que também a Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto está "disponível" para pagar o policiamento gratificado, mas que é preciso entendimento entre a Direção Nacional da PSP e o Ministério da Administração Interna

O presidente da Câmara do Porto afirmou esta quinta-feira estar disponível para pagar "parte da fatura" relativa ao policiamento gratificado na zona da Movida, mas disse não compreender porque é que o apelo é "desconsiderado" pelo diretor nacional da PSP.

"A câmara está disponível para pagar uma parte da fatura transitoriamente até que haja agentes suficientes para cumprir esta missão. Não conseguimos compreender porque é que isto não é respeitado e é desconsiderado pelo diretor nacional da PSP, que entende que quando há celebrações do Futebol Clube do Porto a cidade se transforma no Vietname", afirmou o presidente da Câmara Municipal, Rui Moreira. 

Em declarações aos jornalistas, à margem de uma reunião do Conselho Municipal de Segurança, o autarca independente lembrou que quando existiu policiamento gratificado nas envolventes dos estabelecimentos de diversão noturna na cidade, "as coisas funcionaram bem" e que se conseguiu "atenuar um conjunto de fenómenos" que, hoje, disse, "são por demais evidentes". 

"Num mundo ideal não seria preciso policiamento gratificado nas ruas do Porto à noite, haveria o número de agentes suficientes da PSP para desempenharem as tarefas necessárias", observou, dizendo, contudo, que a falta de agentes da PSP na cidade "dá uma imagem de impotência". 

Rui Moreira adiantou que também a Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto está "disponível" para pagar o policiamento gratificado, mas que é preciso entendimento entre a Direção Nacional da PSP e o Ministério da Administração Interna. 

"Das duas uma, ou há agentes suficientes, como diz o senhor ministro [da Administração Interna], ou são insuficientes, como diz o diretor nacional da PSP. O senhor ministro diz que há polícias a mais e que é preciso realocá-los, foi isso que disse, falando de estatísticas internacionais. O diretor da PSP diz que não há efetivos para aumentar o número de efetivos na cidade do Porto", disse. 

E acrescentou: "entendam-se, porque eu não sei (...) sei que temos neste momento um problema sério que é percetível por todos". 

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