Pelo menos 14 mortos em ataques de extremistas islâmicos no Burkina Faso

Agência Lusa , AM
23 nov 2022, 06:10
Burkina Faso (Associated Press)

Desde 2015, o Burkina Faso tem sido regularmente palco de ataques de grupos exremistas islâmicos, cada vez mais frequentes, que têm matado milhares de pessoas

Pelo menos 14 pessoas foram mortas em dois ataques de extremistas islâmicos no norte do Burkina Faso, disseram à agência de notícias France-Presse (AFP), na terça-feira, fontes locais e das forças de segurança.

"Indivíduos armados atacaram nas primeiras horas de segunda-feira a aldeia de Safi, localizada na cidade de Boala, perto de Kaya. Os Voluntários para a Defesa da Pátria [VDP] que foram diretamente visados perderam oito elementos", disse uma fonte das forças de segurança à AFP.

Vários outros elementos dos VDP foram também feridos no ataque, disse a mesma fonte, adiantando que, "no mesmo dia, perto de Markoye, na província de Oudalan, indivíduos armados mataram seis civis e levaram veículos e outros bens".

"Os terroristas raptaram três jovens na estrada Salmossi-Markoye, que mais tarde foram encontrados mortos no mato durante o dia [de segunda-feira]", disse um familiar das vítimas à AFP.

Desde 2015, o Burkina Faso tem sido regularmente palco de ataques de grupos exremistas islâmicos, cada vez mais frequentes, que têm matado milhares de pessoas e forçaram cerca de dois milhões a fugir de suas casas.

O capitão Ibrahim Traoré, que liderou um golpe militar a 30 de Setembro contra o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, foi empossado como líder do governo de transição pelo Conselho Constitucional a 21 de outubro e estabeleceu o objetivo de "recuperar o território ocupado pelos terroristas".

Este foi o segundo golpe de Estado no Burkina Faso em oito meses, com os golpistas a sublinharem sempre a deterioração da situação de segurança.

A 24 de janeiro, soldados liderados por Damiba tinham derrubado o Presidente, Roch Marc Christian Kaboré, acusado de falhar na resposta aos ataques.

A 25 de outubro, o novo governo lançou o recrutamento de 50 mil civis para a organização Voluntários para a Defesa da Pátria, auxiliares civis do exército, para "reforçarem as fileiras do exército na luta contra o terrorismo".

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