Luís Castro e o futuro: «O Botafogo sabe caminhar por si»

30 jun 2023, 08:43
Luís Castro (Getty Images)

Treinador português garantiu que vai tomar uma decisão sobre a proposta do Al Nassr esta sexta-feira

Luís Castro não revelou se vai ficar no Botafogo ou aceitar a proposta do Al Nassr, mas defendeu que o clube carioca não depende de ninguém para continuar.

O técnico falou antes e depois do jogo com o Magallanes, sempre com esse assunto em cima da mesa, e deixou uma garantia: só vai resolver o futuro esta sexta-feira, numa reunião com a direção do clube.

Luís Castro não revelou se vai ficar no Botafogo ou aceitar a proposta do Al Nassr, mas defendeu que o clube carioca não depende de ninguém para continuar.

«O Botafogo não depende de pessoas, depende de perfis para desempenhares funções dentro do clube. O Botafogo sabe caminhar por si e terá um caminho brilhante, tenho a certeza, porque tem adeptos apaixonados e pessoas que trabalham no clube de forma apaixonada», disse, citado pelo Globoesporte, antes da partida.

«Interessa é o perfil, ser um perfil de acordo com o que o Botafogo precisa. Um perfil de honestidade, dignidade, determinação e ambição», acrescentou.

Depois do encontro, Luís Castro confidenciou que só vai decidir o futuro esta sexta-feira, após uma reunião com o dono do Botafogo, John Textor.

«Na passada terça-feira tive uma reunião com o John Textor, falamos sobre o momento do clube, sobre a vitória frente ao Palmeiras, sobre o mercado e sobre o interesse que o Al Nassr podia ter em mim. Foi comunicado que não havia nenhuma proposta oficial e que teríamos uma reunião quando chegasse uma reunião oficial, que foi ontem [quarta-feira]. Essa reunião será amanhã [sexta-feira] e só vou tomar uma posição depois disso», revelou.

«Se eu tomar a decisão após a reunião, sei que a família estará instalada. Sei que há um plantel pronto para todas as batalhas. Fique ou saia, o Botafogo é muito maior do que as pessoas. O Botafogo jamais será maltratado como maltratam muitas pessoas», garantiu.

Luís Castro ainda acrescentou: «Eu sou livre, só tenho de respeitar o meu contrato. A minha liberdade está emparedada por um contrato. E eu respeito. Porquê? Agora sou fundamental num projeto? Por que não estão dez milhões de euros na minha cláusula para eu não sair? Só agora é que sou fundamental no projeto? Gostaria de falar de outra maneira, mas não consigo. Aquilo que eu sinto vem sempre para fora.»

«Eu olho sempre nos olhos. Não mando recados, nunca mandei. Comecei na quarta divisão. Hoje dizem que estou bem financeiramente, mas venho da quarta. Vendia embalagens, trabalhava numa fábrica e trabalhava no futebol. Três empregos. Sei o que passei. Olham para mim e não sabem da minha história. Cada um tem a sua história. Existem vários projetos no futebol que agarramos e outros que deixamos passar. Deixei o do Al-Duhail para fazer este [Botafogo]. Construí, olho para ele com muito orgulho e satisfação», atirou.

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