Em 2023, bolsas para doutoramento em ambiente não académico vão passar a representar 50% das bolsas atribuídas pela FCT

Agência Lusa , CF
19 dez 2022, 21:23
Elvira Fortunato (Lusa/Rodrigo Antunes)

Para Elvira Fortunato, trata-se de “diversificar o número de doutorados em ambientes não académicos para também dinamizar a economia nas empresas e outros setores”

A partir de 2023, cerca de 50% das bolsas para doutoramento que a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) vai atribuir sê-lo-ão em ambiente não académico, disse esta segunda-feira à Lusa a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Elvira Fortunato, que falava à Lusa à margem da inauguração das novas instalações da Biblioteca Fundação Jorge Álvares do Centro Científico e Cultural de Macau (CCCM), em Lisboa, salientou que o objetivo é que em 2027 as novas bolsas tenham essa característica.

“Nós queremos proporcionar uma maior integração dos doutorados em ambientes não académicos, portanto, a universidade e os centros de investigação funcionam também como uma plataforma para formar pessoas altamente qualificadas e queremos, ao existirem bolsas de doutoramento em ambiente não académico, como por exemplo aqui no Instituto Científico e Cultural de Macau, ao fazerem doutoramentos nestes ambientes, se proporcione também a sua possibilidade de ficarem aqui integrados como investigadores”, explicou.

Para Elvira Fortunato, trata-se de “diversificar o número de doutorados em ambientes não académicos para também dinamizar a economia nas empresas e outros setores”.

Quanto à nova biblioteca, Elvira Fortunato destacou a sua importância.

“Tem uma importância extremamente elevada. Aliás, tem a história de tudo aquilo que aconteceu em Macau e das relações de Portugal com Macau, que é de extrema importância preservar exatamente e dessa forma garantir que investigadores, historiadores nestas áreas tenham acesso aqui nesta biblioteca a um acervo extremamente grande”, destacou.

A biblioteca do CCCM é a mais completa e atualizada biblioteca sobre a China em todo o mundo lusófono, especializada na investigação e ensino, acerca da China/Macau, da Ásia Oriental e das relações entre a Europa e a Ásia.

A sua dimensão internacional e multidisciplinar, funciona em rede com outras bibliotecas e arquivos, nacionais e estrangeiros, de forma a melhor cumprir a sua missão de apoio à investigação e ensino, à informação e à divulgação de conhecimento.

As suas características tornam-na “extremamente útil não só para preservar a história, mas acima de tudo, possibilitar que mais investigação e mais historiadores, e a sociedade, no fundo, tire partido de toda esta riqueza que existe aqui em Portugal”, conclui Elvira Fortunato.

Dispõe de cerca de 27.000 registos bibliográficos em catálogo, que incluem uma coleção de audiovisuais, que designadamente o fundo de cerca de 40.000 ‘slides’ e 5.000 fotografias, entre outros suportes físicos, de que ressalta a coleção de cerca de 7 mil microfilmes, com mais de 50.000 documentos.

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