"Alternativa de esquerda" chegará ao Governo "mais cedo do que tarde", antecipa o BE

12 abr, 11:20

 

 

Por outro lado, bloquistas apelaram ao Executivo para reconhecer o Estado da Palestina

O deputado Fabian Figueiredo, do Bloco de Esquerda, resumiu o programa do Governo de Luís Montenegro a uma "chave do Euromilhões para as grandes empresas" e antecipou uma "alternativa de esquerda" no Governo "mais cedo do que tarde".

Diante dos deputados no plenário, o deputado do Bloco de Esquerda descreveu o programa do Governo como um documento "vago, não poucas vezes incoerente, difuso e frágil", privilegiando os "grandes vencedores da economia do privilégio" em detrimento dos trabalhadores, qual "chave do Euromilhões das grandes empresas".

Depois de enumerar os lucros das grandes empresas, da Galp e EDP à banca privada, Fabian Figueiredo rejeita que o Bloco de Esquerda tenha "uma obsessão com os lucros das empresas", mas antes uma "obsessão com a luta contra a desigualdade". E "é em nome dessa obsessão com a justiça social que queremos aprovar medidas que impeçam a expulsão de jovens do nosso país, que tornem as casas acessíveis para toda a gente, que as regras da nossa sociedade e da nossa economia sejam justas".

O deputado lamenta ainda que o programa do Governo não inclua "nenhuma referência à justiça climática", mas diz não estar surpreendido com este facto, uma vez que o caminho que o Governo de Luís Montenegro quer percorrer "é o inverso", ao "premiar os grandes poluidores".

O Bloco de Esquerda pede ainda a Luís Montenegro para que aproveite a ocasião da sua primeira visita de Estado oficial no estrangeiro, que será a Espanha, para associar o Governo à "iniciativa internacional de reconhecimento do Estado da Palestina" que tem sido promovida pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez. E, na mesma onda, apelou ainda para que o Estado português "condene de forma clara e veemente o genocídio do povo da Palestina".

Em suma, o Bloco de Esquerda assume-se contra a "má política" do Governo de Luís Montenegro e antecipa que uma "alternativa de esquerda", ecologista e solidária, "chegará  mais cedo do que tarde".

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