Câmara dos Representantes dos EUA aprova inquérito de impeachment a Biden

13 dez 2023, 23:00
Joe Biden, presidente dos EUA (EPA via LUSA)

O presidente norte-americano reagiu através de um comunicado, classificando todo o processo como sendo um "golpe político infundado"

O Partido Republicano garantiu esta quarta-feira o número de votos necessários para avançar com o inquérito para destituir o presidente Joe Biden. A Câmara dos Representantes, controlado por uma maioria republicana, teve 221 votos a favor e 212 contra.

No entanto, é pouco provável que o processo de destituição resulte no afastamento do presidente norte-americano. Mesmo que a câmara baixa do Congresso aprove o impeachment de Biden, a última palavra cabe ao Senado, que, para condenar o presidente, precisa de dois terços dos votos. Algo que não deverá acontecer, uma vez que o partido democrata detém o controlo do congresso. 

O objetivo do inquérito é examinar se o presidente norte-americano beneficiou de forma ilegal dos negócios que o seu filho Hunter Biden levou a cabo no estrangeiro, em particular na China e na Ucrânia. O filho do presidente declarou-se culpado de duas transações comerciais ilícitas a um tribunal.

O presidente norte-americano reagiu pouco depois, classificando a formalização do inquérito para a sua destituição como sendo um "golpe político infundado", em que muitos dos próprios congressistas republicanos não acreditam.  

“Em vez de fazerem qualquer coisa para ajudar a melhorar a vida dos americanos, eles [republicanos] estão concentrados em atacar-me com mentiras. Em vez de fazerem o seu trabalho no que precisa ser feito com urgência, eles optam por perder tempo com este golpe político infundado que até mesmo os republicanos no Congresso admitem não ser apoiado por fatos", afirmou Joe Biden num comunicado logo após a votação na quarta-feira. 

Os republicanos acusam a família Biden de ter uma "cultura de corrupção" e de de lucrar inapropriadamente com decisões tomadas quando o atual chefe de Estado era vice de Barack Obama, entre 2009 e 2017. Também acusam o Departamento de Justiça de interferência na investigação judicial a Hunter Biden.

A votação acontece depois de a congressista republicana Kelly Armstrong ter apresentado uma resolução de 14 páginas para que três comissões parlamentares dêem "continuidade às investigações em curso como parte de um inquérito existente na Câmara dos Representantes sobre se existem motivos suficientes" para votar a destituição de Biden.

Até agora, as investigações não produziram qualquer prova de más práticas por parte de Biden.

E.U.A.

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