Shevchenko: «É importante que jogadores como o Yaremchuk continuem a jogar»

22 mar 2022, 09:05
Andriy Shevchenko

Lenda do futebol ucraniano tem os familiares na Ucrânia e relatou o drama da guerra numa conversa com Jamie Redknapp

Um dos melhores futebolistas da história do futebol ucraniano, Andriy Shevchenko tem sido voz ativa na opinião pública desde que a invasão militar da Rússia à Ucrânia começou, a 24 de fevereiro.

Ora, numa coversa com Jamie Redknapp para o Daily Mail, o antigo treinador da seleção ucraniana – e que também é o melhor marcador da seleção – relatou o drama que se vive no seu país, e onde estão vários dos seus familiares, como a sua mãe, cujos relatos preocupam naturalmente o filho.

«Lá sente-se cada bomba que toca no chão porque a casa treme. É isto que é a guerra agora. Estamos numa fase em que os russos cercam cidades e as bombardeiam. Eles não param. São implacáveis», começou por dizer.

«Isso não dá a opção ao povo ucraniano de ter corredores humanitários. A minha mãe está lá. A minha irmã está lá. O meu tio. A minha tia. A minha prima. Os meus amigos – alguns na linha da frente. Eles representam o nosso país, a nossa liberdade, a nossa escolha, o nosso orgulho. E nós defendemos. Lutamos. Temos de o fazer, não temos escolha», acrescentou.

O ex-avançado do Chelsea e do Milan elogiou o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e defendeu o afastamento de clubes e atletas russos das competições desportivas: «Concordo em absoluto com o afastamento dos atletas russos das competições desde que a guerra começou. Temos de pressionar. O Presidente da Rússia [Vladimir Putin] – não quero dizer o nome dele – disse que isto era uma 'operação especial'. Não é uma operação especial. É matar pessoas inocentes. Há pessoas cercadas e cidade bombardeadas.»

Sobre os compatriotas que continuam a jogar futebol por essa Europa fora, como Roman Yaremchuk, Shevchenko incentiva-os a continuarem.

«Eu digo sempre aos rapazes: 'continuem a jogar. Vocês jogam pelo vosso país'. É uma mensagem forte. O mundo do desporto está muito unido. É contra a guerra. O Zinchenko, o Mykolenko, o Yarmolenko, o Yaremchuk, é muito importante que todos continuem a jogar. Apoio-os nisso, atirou, ele que diz que o seu trabalho agora é impedir que «crianças inocentes sejam mortas».

 

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