Schmidt avisa: «Chaves já mostrou que faz jogos bons fora de casa»

David Marques , Benfica Campus, Seixal
28 out 2022, 14:32

Treinador do Benfica lembra bons resultados dos transmontanos com o Sporting e o Sp. Braga. Vinca o bom momento das águias e fala do desafio de manter a motivação de todos num plantel onde os titulares são quase sempre os mesmos

Quatro dias após a vitória sobre a Juventus por 4-3 e o consequente apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões, o Benfica defronta em casa o Desp. Chaves para a 11.ª jornada da Liga e Roger Schmidt não perspetivou facilidades.

«Penso que vamos jogar contra uma equipa muito boa. O Chaves já mostrou esta época que é uma equipa muito corajosa, também a atacar, e que pode fazer jogos muito bons fora de casa, não apenas pelas vitórias sobre o Sporting e o Sp. Braga. Mas isso diz tudo e temos de estar preparados para um jogo difícil», avisou.

O técnico das águias realçou a importância de dar continuidade ao bom momento atestado pelas duas últimas vitórias: primeiro no Dragão frente ao FC Porto e, depois, na Luz frente à Juventus. «Chegamos com muita confiança do jogo de terça-feira, porque foi um jogo especial e crucial por ser o quinto na Liga dos Campeões. A Juventus deu tudo para dar a volta neste jogo e para ter a possibilidade de passar à fase a eliminar. Mostrámos aí todo o nosso potencial. Fizemos um jogo de alto nível do ponto de vista de qualidade futebolística e taticamente. Fomos inteligentes, muito focados e agora temos a obrigação de manter este nível», disse, apontando não só para a partida deste sábado em casa, mas também para as próximas semanas até à paragem competitiva.

«São mais duas semanas e depois vem uma pausa curta com o início do Mundial. Nas próximas duas semanas queremos estar ao mais alto nível e mostrar o nosso melhor futebol», apontou na conferência de imprensa de antevisão ao encontro com os transmontanos.

Para este jogo não é expectável uma revolução no onze, devendo Schmidt manter-se fiel ao «conservadorismo» que o tem feito manter quase sempre a base da equipa. Nesse sentido, o técnico das águias foi questionado sobre o desafio de manter motivados todos os jogadores, sabendo muitos deles que poderão não ter muitas oportunidades para jogar.

«A decisão é minha, mas no final de contas são os jogadores que decidem quem joga ou não. Eu tenho a responsabilidade de colocar em campo a equipa que tem maiores probabilidades de ganhar os jogos. Esse é o meu objetivo e procuro tratar todos os jogadores por igual. São treinados da mesma forma, têm a mesma atenção. Claro que é difícil ultrapassar alguns jogadores [que estão em grande forma] mas ainda estamos no início da época. Temos jogadores que estão em momentos muito bons e que são jogadores-chave, mas isso não quer dizer que vá ser sempre assim. Durante a época, a meio ou no fim, podem aparecer outros jogadores que sejam importantes para a equipa. E eu estou aberto a isso. Temos muitos jogadores no banco que podem desempenhar um papel diferente do que estão a ter agora. Essa é a parte mais difícil do futebol: estar lá, esperar por uma oportunidade e continuar otimista e haver um bom ambiente na equipa. (...) A porta está sempre aberta para todos os jogadores e no fim a decisão vem do desempenho deles», vincou o treinador do Benfica.

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