Liga Europa: Rangers-Benfica, 0-1 (crónica)

14 mar, 19:54

Um filme tantas vezes visto – e com um final feliz

Um filme tantas vezes visto esta época, e que voltou a ter um final feliz: o Benfica venceu esta tarde em casa do Rangers, por 1-0, e confirmou o apuramento para os quartos de final da Liga Europa.

Um resultado que é melhor do que a exibição, como tem acontecido uma e outra vez, mas que permite às águias garantirem a presença entre os oitos melhores da segunda competição europeia de clubes.

Marcos Leonardo, a única cara nova

Face ao jogo de há uma semana na Luz, que terminou empatado a duas bolas, Roger Schmidt, técnico das águias, fez apenas uma alteração no onze, no ataque: Arthur Cabral deu o lugar a Marcos Leonardo, ele que já havia sido titular no fim de semana, diante do Estoril.

No Rangers, o treinador Philippe Clémente faz apenas uma alteração face ao onze que jogou de início na Luz: sai Dujon Sterling (que até marcou) para a entrada de Scott Wright. Fábio Silva voltou a ser opção.

As peças do xadrez podem mudar, mas este Benfica continua a ser uma equipa frágil coletivamente, que demonstra dificuldades sobretudo quando enfrenta equipa de maior valia. E nem precisam de ser equipas de topo, porque este Rangers está longe de ser um conjunto de elite.

FILME E FICHA DE JOGO.

Os primeiros minutos foram eletrizantes, com um jogo partido, mas talvez não do melhor agrado para ambos os treinadores. No meio-campo, o critério com bola era pouco, e nas zonas de definição também não era brilhante.

O Rangers subiu ligeiramente o nível, mas sem nunca ameaçar verdadeiramente a baliza de Trubin. De tal maneira, que a melhor oportunidade da primeira parte pertenceu aos encarnados, num lance em que Marcos Leonardo e Rafa foram demasiado cerimoniais na hora de atirar à baliza.

Só que isso era curto, muito curto, face à diferença de valia individual das duas equipas. Ainda assim, o cenário piorou.

A formação da casa entrou com outra astúcia para a segunda parte, cercou a baliza de Trubin e foi ameaçando o 1-0 nos primeiros minutos dessa etapa complementar. Do outro lado, e por incrível que pareça, uma equipa com jogadores como Otamendi, Di María ou Rafa mostrava-se bastante intranquila em campo.

Um dado, por exemplo, a ter em conta: à hora de jogo, a posse de bola era de 60-40 a favor do Rangers. A águia estava intranquila, e nem demonstrava ter armas para ferir o adversário num eventual contra-golpe.

Com craques assim dá para ser feliz

Só que quem tem craques como o Benfica tem, arrisca-se sempre a ser feliz – como se tem visto muitas vezes esta temporada, lá está.

Aos 69 minutos, numa transição rapidíssima, Di María serviu Rafa e o avançado português, depois de conduzir durante largos metros, bateu Butland por 1-0 – o golo foi primeiro anulado, mas depois confirmado pelo VAR.

Não há festa maior no futebol do que o golo, e que bem que fez à águia esse momento: os comandados de Roger Schmidt, já com Kökcü em campo – deu outra qualidade à circulação de bola, assim como Tengstedt esteve mais presente do que Marcos Leonardo – souberam fechar a baliza de Trubin a sete-chaves e, com outra qualidade na definição, podiam ter festejado o 2-0.

Não foi brilhante, quase nunca tem sido em 2023/24, mas o Benfica vai sobrevivendo e já está nos quartos de final da Liga Europa: a sorte conhece-a esta sexta-feira, num sorteio que ainda poderá contar com o Sporting.

Relacionados

Benfica

Mais Benfica

Patrocinados