Maxi Pereira e a troca do Benfica pelo FC Porto: «Percebi que existiam outros interesses»

5 nov 2023, 17:11
Maxi Pereira e Cristián Rodriguez no Olival (Facebook/FC Porto)

Uruguaio recordou tempos passados no Dragão e na Luz, destacando que Jorge Jesus já na altura pensava que Ruben Amorim ia dar treinador

Maxi Pereira regressou ao passado para falar da carreira, em entrevista ao podcast Final Cut, da agência Sports Tailors, tendo naturalmente abordado a troca do Benfica pelo FC Porto.

«Eu fui um jogador que esteve oito anos no Benfica, estive primeiro cinco anos e depois renovei por mais três, e não é normal que um jogador que era tão querido pelos adeptos e de quem mesmo a direção gostava, ficasse livre. Um jogador tão querido no clube, não é normal que fique livre e sem contrato», começou por referir.

«Fui para a seleção do Uruguai, para jogar a Copa América, no Chile, e estava livre, não tinha contrato com ninguém. Isso é um bocadinho estranho. Eu também percebo e com o tempo fui percebendo que o futebol é um negócio e se eu não renovei naquele momento, foi porque seguramente existiam outros interesses. Se eu não renovei naquele momento foi porque percebi que existiam outros interesses.»

Maxi Pereira tinha cumprido, como ele próprio lembrou, oito temporadas no Benfica e mudou-se então para o Porto, onde acabou por ficar quatro épocas. Sobre o tempo passado na formação portista, o jogador uruguaio guarda boas memórias, destacando o título conquistado com Sérgio Conceição.

«É um treinador muito exigente, com aquela mentalidade bem portista, que treina duro e tudo passa por ganhar. É uma pessoa muito inteligente, que sabe tirar o melhor dos jogadores.»

Antes disso, no Benfica, foi companheiro de Ruben Amorim, que mesmo enquanto jogador já demonstrava um grande conhecimento do jogo. Por isso Maxi Pereira não ficou surpreendido com o sucesso do agora treinador do Sporting, adiantando que Jorge Jesus também não deve ter ficado.

«Jorge Jesus dizia-nos na altura: ‘Eu já estou a ver quais são os jogadores que no futuro podem ser treinadores...’ Ele estava atento aos jogadores que viam o futebol como ele gostava e depois atirava essa: ‘Já estou a ver quem aqui pode seguir a carreira de treinador’», recorda Maxi.

«Com o passar do tempo compreendi que um desses jogadores de quem ele [Jorge Jesus] estava a falar, porque também gostava muito dele, era do Rúben Amorim. Ele já estava a ver que como o Ruben percebia de futebol como jogador, também ia perceber como treinador.»

 

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