Família de Di María ameaçada na Argentina: «Disparamos chumbo»

25 mar, 14:52
Di María (Benfica) (Miguel A. Lopes/Lusa)

Segundo fontes oficiais, ameaças estarão relacionadas com o possível regresso do jogador ao Rosário Central. As autoridades argentinas já estão a investigar o sucedido

Na madrugada desta segunda-feira, a família de Ángel Di María, jogador do Benfica, foi ameaçada com tiros e com um bilhete deixado à porta do apartamento do jogador, em Funes, perto da cidade de Rosário, na Argentina

Segundo fontes oficiais, citadas pelos jornais argentinos MDZ e El Cronista, o momento ocorreu por volta das 2h30 da manhã, com os responsáveis a viajarem num carro cinzento. Após buscas no local, foi encontrado um bilhete, que continha uma mensagem para o jogador.

«Diga ao seu filho Ángel para não voltar a Rosário porque senão vamos estragar tudo e matar um membro da família. Nem mesmo Pullaro (Governador da província de Santa Fé) te vai salvar. Não mandamos fora pedaços de papel. Disparamos chumbo e as pessoas acabam mortas», podia ler-se no bilhete, informação essa adiantada pelos jornais locais.

Estas ameaças têm como objetivo avisar o jogador que, recorde-se, termina contrato com o Benfica no final da época, e já admitiu ter o sonho de voltar ao Rosário Central, clube argentino, algo que não parece ser bem visto por todos.

De recordar que atualmente o extremo está ao serviço da seleção argentina, juntamente com o colega de equipa Otamendi, e na terça-feira recebem a Costa Rica, num jogo particular. Recentemente, tal como noticiou o Maisfutebol, ambos os jogadores foram assistir a um jogo da NBA.

Entretanto, a Polícia argentina informou que está a investigar as alegadas ameaças à família do extremo das águias num bairro na cidade de Rosário, a terceira maior do país.

Segundo a mesma fonte, citada pela AFP, a polícia está a «recolher impressões digitais, no saco que continha a mensagem» e a «analisar as imagens das câmaras de segurança». As autoridades não revelaram o conteúdo da mensagem, invocando não quererem «fazer o jogo das organizações criminosas», mas, de acordo com a imprensa local, a mesma faz referência ao governador da província de Santa Fé e que declarou guerra ao narcotráfico na região, considerada a mais perigosa da Argentina.

[artigo originalmente escrito às 14h52 e autalizado às 17h19]

 

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