Benfica: este já é o melhor Rafa Silva da história

27 fev, 13:44
Arouca-Benfica (MANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA)

A época ainda vai a pouco mais de metade e o avançado já bateu todos os registos pessoais, o que levanta uma dúvida: este Rafa não justificaria um investimento excecional?

Sair em grande? Rafa Silva termina contrato com o Benfica no final da época e esta temporada já superou todas as outras em que vestiu a camisola das águias, segundo dados do SofaScore, parceiro do Maisfutebol.

Sendo que, vale a pena lembrar, a temporada ainda vai a pouco mais de metade.

Mas sim, o português chegou à Luz na temporada de 2016/17 e, ao fim de oito épocas, apresenta-se agora ao melhor nível.

Com 17 golos e 14 assistências, nunca teve números tão altos na carreira, sendo a presente temporada, também, a segunda vez em que conseguiu ultrapassar a dezena de número em ambos os parâmetros que o distinguem (golos e assistências).

Esta época, já jogou 39 vezes, em competições como a Liga, Liga dos Campeões, Liga Europa, Taça da Liga, Taça de Portugal e Supertaça. É no campeonato, porém, que apresenta o melhor nível: 12 golos e 11 assistências, sendo o melhor marcador do Benfica e o sexto melhor da Liga.

O nome de Rafa também tem ecoado pela Europa, por fazer parte de uma lista restrita (com apenas dois nomes!) de jogadores que conseguiram o feito de atingir 10 golos e 10 assistências no campeonato: Ollie Watkins, do Aston Villa, com 14 e 10, é o outro atleta na lista.

Vale a pena lembrar, porém, que nem sempre foi assim.

O rendimento de Rafa no Benfica tem vindo a subir ao longo dos anos, sendo que no início, na época em que Rafa chegou ao Benfica, foi difícil: o avançado teve de lutar para se tornar titular e justificar o investimento inicial de 16 milhões de euros. Nessa primeira temporada, (2016/17) jogou apenas 33 jogos, muitas vezes substituído ou a saltar do banco, marcou dois golos e fez quatro assistências.

Na época seguinte, o número de jogos diminuiu (25), mas o número de golos e assistências aumentou, com três e quatro, respetivamente. Nada, ainda assim, que justificasse a fama com que chegou: uma época com interferência em quatro golos e outro com interferência em sete era pouco para o que prometia.

A partir de 2018/19, porém, tudo mudou. Essa foi a época, aliás, em que marcou mais golos na carreira (até ao momento), com 21 tentos em 44 jogos, começando a mostrar um nível elevado e crucial para o Benfica de Rui Vitória e, posteriormente, de Bruno Lage.

Nas três épocas que se seguiram, aí sim, a importância de Rafa no plantel das águias foi sempre notória, com um total de 32 golos e 30 assistências nas várias competições. Na temporada passada não chegou à dezena em ambos os parâmetros (mas andou lá perto!), tendo feito 14 golos e oito assistências.

Ao serviço dos encarnados venceu três campeonatos, uma Taça de Portugal e três Supertaças. Foi também na época de 2018/19 que fez parte do onze da temporada, depois do Benfica ter sido campeão nacional.

De recordar que o português termina contrato em junho de 2024, apresentando-se como praticamente certa a impossibilidade de renovar e continuar no Benfica. O Médio Oriente parece o destino, o que levanta uma dúvida: será que Rafa - este Rafa, aliás - não justificava um investimento extraordinário?

Será que o que se passou com Grimaldo (que saiu a custo zero e o Benfica acabou por gastar mais dinheiro em possíveis substitutos que acabaram por não corresponder) não serve de alerta?

 

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