Empresário norte-americano nega compra de ações da SAD do Benfica

12 jul 2021, 09:48

John Textor confirma, no entanto, a existência de conversas com José António dos Santos e ter interesses no clube encarnado, que diz ser um «gigante adormecido do futebol mundial»

John Textor, empresário norte-americano sobre quem recaem «fortes indícios» de ter celebrado um acordo de compra e venda com José António dos Santos para a aquisição de 25 por centos das participações da SAD do Benfica, negou ter adquirido ações da sociedade encarnada, mas assumiu a existência de conversas nesse sentido com aquele que foi um dos quatro detidos na sequência da «Operação Cartão Vermelho»

Num comunicado publicado no seu site oficial, John Textor disse que o empresário também conhecido como «rei dos frangos» lhe foi apresentado não por elementos da direção do Benfica, mas por um banco de investimento sediado em Londres com o qual mantém conversas regulares acerca de possíveis investimentos no desporto e que José António dos Santos o viu como a pessoa indicada para dar seguimento à «missão do Benfica».

O empresário garante: «Nunca procurei, negociei ou cheguei a um acordo para comprar ações da SAD do Benfica de outros que não do senhor [José António] dos Santos, nem comprei ações do Benfica (direta ou indiretamete) nos mercados abertos.»

John Textor diz estar a digerir as recentes «notícias inesperadas» que têm envolvido o Benfica e acrescenta que se encontra a avaliar se vai ou não consumar a compra de ações da SAD encarnada, isto numa altura em que, assume, pretendia marcar uma reunião com a administração do clube nas próximas semanas. «Como vocês, reservo-me ao direito de fazer os meus próprios julgamentos e de tomar as minhas próprias decisões assim que tenha mais informações.»

Este empresário, que tem negócios em várias áreas do ramo digital, explica ainda por que razões se interessou pelo Benfica. Refere-se ao clube português como um «gigante adormecido do futebol mundial», um grande produtor de talentos e diz ter um grande potencial de crescimento global por explorar.

«Penso que o Benfica tomou a decisão acertada de se tornar um clube cotado em bolsa (...), embora acredite que a dimensão limitada e a liquidez do mercado de capitais em Portugal não lhe permitam maximizar o seu potencial numa perspetiva global.»

Textor acredita que uma maior ligação entre o mercado português e o norte-americano permitiria ao Benfica chegar a mais pessoas, crescer como clube, expandir a academia, obter mais receitas e tornar-se desportivamente mais competitivo. «Acredito que sou uma das pessoas que podem levar ideias que permitam aumentar a capitalização e as receitas do clube para um propósito que é justo para os adeptos... o objetivo de manter no Benfica os melhores jogadores do Benfica. É claro que a emoção de jogar na Liga dos Campeões, tornou-se para os benfiquistas mais uma expectativa. O objetivo não seria vencer a competição»

(artigo atualizado)

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